Lula sanciona Dia Nacional do Funk: “Muito mais que um gênero musical”
O Dia Nacional do Funk será comemorado, anualmente, em 12 de julho. Sanção veio publicada no Diário Oficial da União desta quarta (31/7)
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, nesta terça-feira (30/7), o Dia Nacional do Funk a ser comemorado, anualmente, no dia 12 de julho.
No Instagram, Lula afirmou que o funk “é muito mais do que um gênero musical”, chamando o estilo de “voz”, “identidade” e “resistência”.
“Reconhecimento mais que merecido para uma cultura que nasceu nas periferias e conquistou o Brasil e o mundo. Hoje, ganhamos medalha com nossas ginastas em Paris e o funk estava presente! O funk é muito mais do que um gênero musical; é uma plataforma de transformação social que dá visibilidade às realidades e talentos dessas comunidades. O funk é voz, é identidade, é resistência!”, diz a publicação.
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No vídeo, o presidente aparece ao lado de Alexandre Padilha, hoje ministro das Relações Institucionais. Ele foi o autor da proposta do Dia Nacional do Funk em 2021, quando ainda era deputado federal.
Segundo Padilha, a sanção é o “reconhecimento do Estado brasileiro por essa iniciativa cultural que gera muita valorização e emprego para a juventude”.
História antes do Dia Nacional do Funk
O funk brasileiro é um gênero musical que surgiu no final da década de 1980 e início dos anos 1990, no Rio de Janeiro. Inspirado pelo funk americano, o estilo foi adaptado às realidades das comunidades cariocas, ganhando uma identidade própria e se tornando uma expressão cultural poderosa.
O ritmo acelerado, os beats eletrônicos e as letras que falam sobre a vida nas periferias são características marcantes do funk brasileiro.
Inicialmente, o gênero foi marginalizado e associado a questões de violência e criminalidade, mas, ao longo dos anos, o funk ganhou popularidade e respeito, conquistando espaço na mídia e na cultura pop do país.
Artistas como MC Marcinho, Cidinho & Doca e Claudinho & Buchecha foram alguns dos pioneiros que ajudaram a popularizar o funk nos anos 1990.
Nos anos 2000, o movimento evoluiu com o surgimento do “funk carioca” ou “funk ostentação”, que abordava temas como luxo e riqueza, refletindo o desejo de ascensão social dos jovens das favelas.
Mais recentemente, o funk ganhou ainda mais diversidade e abrangência, com artistas como Anitta, Ludmilla, Kevin O Chris e MC Livinho levando o gênero a novos públicos e internacionalizando o ritmo.
Hoje, o funk é uma manifestação cultural e musical que representa a voz e a realidade de milhões de brasileiros, sendo celebrado em festas, eventos e até mesmo nas paradas musicais internacionais.