DF e GO: 12 pessoas são resgatadas em condições análogas à escravidão
Os 12 trabalhadores resgatados viviam em situações precárias, alguns deles sem acesso a banheiro e água potável
atualizado
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Goiânia – Uma ação entre auditores-fiscais do Trabalho, do Ministério da Economia, cujo resultado foi divulgado nesta sexta-feira (2/4), resgatou 12 trabalhadores que viviam em condições análogas à escravidão no Distrito Federal e em Goiás. A força-tarefa foi realizada em conjunto com o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Federal.
Em Vicente Pires (DF), foram encontrados seis trabalhadores em uma empresa de produção de hortaliças. O local fica a cerca de 20 km da Praça dos Três Poderes, em Brasília, e também era utilizado para produção de agrotóxicos. Segundo a equipe de resgate, os produtos ficam expostos, o que traz riscos à saúde e à segurança dos trabalhadores.
Além disso, os fiscais relataram que as condições dos alojamentos eram precárias, com fiações aparentes, sem água potável para beber e apenas um deles tinha a carteira de trabalho assinada.
Já em Alto Paraíso de Goiás, o alvo da força-tarefa foi uma carvoaria. No local, os trabalhadores não tinham acesso à banheiro e, em caso de necessidade, precisavam ir até o mato. Também não eram oferecidos equipamentos de segurança para a realização do trabalho.
De acordo com a fiscalização, os dormitórios estavam em condições precárias. Os trabalhadores não tinham armários e não havia vedação adequada na parede, o que permitia a entrada de insetos no local.
O nome dos empregadores e das empresas não foram divulgados. Os responsáveis pelos dois locais foram autuados e devem pagar, ao todo, R$ 44,9 mil de verbas salariais e rescisórias aos trabalhadores.
Nos dois casos, a equipe de fiscalização também determinou a interdição das atividades e a imediata retirada dos trabalhadores, que foram alojados em outro local, com melhores condições.