Devolução de produtos pelos Correios aumenta 22% na pandemia
Entre abril e julho, foram quase 6 milhões de remessas reversas feitas pela estatal
atualizado
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Desde o início do confinamento social estabelecido para combater a pandemia de coronavírus, comprar pela internet virou algo comum até para quem não tinha esse hábito. Várias abas abertas em lojas virtuais substituíram a ida ao shopping. Com o crescimento das vendas on-line, também aumentou o número de produtos devolvidos.
Foram 5,974 milhões de remessas reversas feitas pelos Correios entre abril e julho deste ano, 22,1% a mais do que no mesmo período do ano passado. As informações foram obtidas pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, com um pedido de Lei de Acesso à Informação (LAI).
Quando alguém adquire um produto a distância, existe a opção de devolvê-lo caso perceba que ele não serve ou que chegou danificado. Para isso, há a logística reversa organizada pelos Correios. Ela permite que o cliente retorne a mercadoria sem custos.
Em 2019, eram feitas 1,2 milhão de remessas do tipo por mês, com picos em outubro e dezembro, dois meses de forte consumo no comércio em geral por conta do Dia das Crianças e do Natal. Em 2020, a média até julho está em 1,4 milhão de devoluções mensais. O gráfico a seguir mostra quantas remessas reversas foram feitas por mês desde janeiro de 2019.
No período analisado, o mês com a maior quantidade de produtos sendo devolvidos pelos Correios foi julho, o último da série, com quase 2 milhões de remessas. Ele bateu o recorde anterior que era junho, com 1,7 milhão. Isso indica que o movimento está em crescimento, enquanto o confinamento social se estende.
Apesar da alta, não era isso que indicava o primeiro mês de fechamento de estabelecimentos comerciais no Brasil. Abril deste ano foi o período com a menor quantidade de devoluções, apenas 956 mil.