Detentos que fugiram de Mossoró viajaram de barco por seis dias
Os dois detentos que fugiram de Mossoró foram recapturados em Marabá, no Pará, nesta quinta-feira (4/4)
atualizado
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Os dois detentos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró e foram recapturados nesta quinta-feira (4/4) viajaram de barco por seis dias. A dupla saiu, em uma embarcação, de Icapuí (CE) e navegou até a Ilha de Mosqueiro, em Belém (PA). As informações são do portal G1.
Os detentos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram capturados pelas polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF) em Marabá, no Pará. A caçada durou 51 dias e envolveu uma força-tarefa.
O local da recaptura fica a 1,6 mil quilômetros de distância da penitenciária de Mossoró. Nessa abordagem, foram apreendidos três carros, vários celulares e um fuzil. Além disso, foram presos quatro comparsas além dos dois detentos.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, classificação a operação como “bem-sucedida”. “O que me parece também relevante dizer é que foi uma operação extremamente bem-sucedida, em que não foi disparado um tiro, não houve feridos, não houve mortos. Um trabalho puramente de inteligência. Os dois fugitivos voltarão para o local de onde saíram, a Penitenciária Federal de Mossoró”, ressaltou.
O ministro detalhou que a prisão é resultado de um trabalho da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado, em que trabalharam PF, PRF, a polícia penitenciária federal, além das as polícias Civil e Militar. “É uma vitória para o Estado brasileiro, das forças de segurança do Brasil e que demonstra que o crime organizado no nosso país não será bem-sucedido”, reforçou Lewandowski.
Fuga na madrugada
Deibson Cabral Nascimento, o “Deisinho” ou “Tatu”, e Rogério da Silva Mendonça escaparam da prisão de segurança máxima por volta das 3h30 de 14 de fevereiro.
Os criminosos, que são integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), fugiram por um buraco na parede de uma das celas. Para a fuga, que é considerada a primeira desde a inauguração desse tipo de prisão no Brasil, os detentos utilizaram ferramentas da obra que ocorria na unidade prisional.
Apuração do Ministério da Justiça apontou que houve falhas nos procedimentos carcerários de segurança, mas concluiu que não há indícios de corrupção.
Em razão das falhas apontadas pela corregedora-geral, Marlene Rosa, foram instaurados três processos administrativos disciplinares (PADs) envolvendo 10 servidores.
Outros 17 servidores assinarão Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), no qual se comprometem com uma série de medidas, entre as quais não poder cometer as mesmas infrações e passar por cursos de reciclagem.