Destroços do avião que matou Marília Mendonça chegam ao Rio
Peças serão periciadas e passarão por exames detalhados feitos pela Aeronáutica, na Base Aérea do Galeão. Motores foram levados para Goiânia
atualizado
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Rio de Janeiro – Os destroços do avião que caiu em Minas Gerais e matou a cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas chegaram ao Rio de Janeiro na noite desta terça-feira (9/11). A fuselagem, dividida em partes menores, passará por uma perícia detalhada em um hangar da Aeronáutica, na Base Aérea do Galeão, na zona norte.
De acordo com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), os dois motores da aeronave seguiriam para Sorocaba, em São Paulo, onde ficariam disponíveis para exames periciais na sede da empresa fabricante dos equipamentos. No entanto, as peças seguiram para o Centro de Serviços Aeronáuticos (CSA), em Goiânia (GO), “que possui a estrutura e disponibilidade necessárias para que os técnicos realizem a análise dos equipamentos”. O transporte do material de Caratinga para Goiânia ocorre a partir desta quarta-feira.
No Rio, a nova e detalhada perícia será conduzida pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III). O serviço será realizado em coordenação com o operador da aeronave e, segundo o órgão da Aeronáutica, todas as evidências iniciais que poderiam ser usadas na investigação já foram recolhidas da aeronave.
Partes cortadas
As asas do avião precisaram ser cortadas para facilitar o transporte de Minas para a Base Aérea do Galeão. O Cenipa confirmou ao G1 que o avião não contava com caixa-preta, mas tinha um spot geolocalizador, que vai permitir o confronto de informações registradas com o plano de voo, o que pode contribuir para o entendimento das causas do acidente.
“Ainda não fizemos nenhuma análise, nosso serviço aqui agora é procurar evidências. Então, ela é uma evidência que será analisada em outro momento. Esse geolocalizador dá coordenadas geográficas, posições no terreno por onde essa aeronave pode ter passado”, explicou o tenente-coronel Oziel Silveira, chefe do Cenipa III.
Marília Mendonça viajava de Goiânia para Minas, onde tinha show agendado em Caratinga na noite de sexta-feira. Além da cantora, estavam no avião o tio e assessor Abiceli Silveira Dias Filho, 43 anos; o produtor Henrique Ribeiro, 32; o piloto Geraldo Martins de Medeiros Júnior, 56; e o copiloto Tarciso Pessoa Viana, 37. Todos morreram. O corpo da artista foi enterrado em Goiânia, no início da noite do último sábado (6/11).
Em nota, o Cenipa informou que o objetivo das investigações, “que engloba sete Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA), é prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram”. Ainda de acordo com o texto, a conclusão das investigações terá o menor prazo possível, “dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os fatores contribuintes”.