Desperdício de água diminui pela 1ª vez no Brasil em 6 anos
Apesar da diminuição, a perda não alcança a meta estabelecida pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, de 25%
atualizado
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Um estudo feito pelo Instituto Trata Brasil, publicado nesta quarta-feira (5/6), mostra que 37,8% de toda a água potável produzida no Brasil foi perdida antes de chegar às residências em 2022, de acordo com os dados disponibilizados.
Em relação a 2024, a água potável perdida na operação abasteceria toda a população do Rio Grande do Sul (10,6 milhões de habitantes) por mais de cinco anos, “Água tratada perdida poderia abastecer 54 milhões de brasileiros por um ano, enquanto mais de 32 milhões de brasileiros vivem sem o recurso”, detalha a pesquisa.
A meta estabelecida pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) é de 25%. A pesquisa revela que a perda total de água, por ano, devido a vazamentos nas redes, desvios, erros de medição dos hidrômetros e outros problemas alcançou 7 bilhões de metros cúbicos em 2022.
Em 2021, a perda de água havia sido de 40,3%.
O levantamento, baseado nos dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), tem uma análise abrangente do país, das regiões, das 27 unidades da Federação e dos 100 municípios mais populosos do Brasil.
As regiões Norte e Nordeste apresentam os maiores índices de desperdício de água, com 46,9% e 46,7%, respectivamente. Em comparação, o Sul tem índice de 36,7%; o Centro-Oeste, de 35%; e o Sudeste, de 34%.
Até o momento, nove municípios tinham desperdício abaixo de 25%, como Goiânia (GO), com 17,3%; Campo Grande (MS), com 19,8%; Limeira (SP), com 20,2%; Petrópolis (RJ), com 23,4%; Campinas (SP), com 20,2%; Maringá (PR), com 23,4%; Suzano (SP), com 23%; São José do Rio Preto (SP), com 20,5%; e Caruaru (PE), com 24,6%.
O Amapá segue em primeiro lugar no maior índice de desperdício de água. Em segundo lugar, está o Acre. E, em terceiro, Rondônia.