Desmatamento na Amazônia teve alta de 123% em relação a 2021, diz Inpe
Dados do desmatamento na Amazônia são em comparação com números de novembro de 2021. Ao todo, 555 km² foram alvos de desflorestamento no mês
atualizado
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A Floresta Amazônica registrou, em novembro deste ano, a segunda maior área desmatada no mês desde que informações do tipo começaram a ser mapeadas, em 2015. Foram 555 km² alvos de desflorestamento, com alta de 123% com relação aos números do mesmo período no ano anterior. As informações do desmatamento na Amazônia são do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta sexta-feira (9/12).
De acordo com o instituto, os maiores números de novembro mapeados são de 2019, quando 562 km² do bioma sofreram com o desmatamento. Mesmo assim, a área afetada deste ano é apenas 7 km² menor do que o valor recorde.
Os dados do Inpe mostram os estados do Pará, Rondônia e Mato Grosso à frente da destruição do bioma. Eles registraram, respectivamente, 26%, 21% e 19% do desflorestamento.
Em outubro de 2022, a área total prejudicada foi de 904 km², o que sinaliza uma queda de cerca de 38% em novembro. Porém, ao se considerar o acumulado do ano, o número surpreende: 10.049 km² desmatados. É um recorde de todos os números anuais registrados na série histórica desde 2015.
Conferência de Biodiversidade da ONU
O Canadá recebe, nesta semana, a 15º Conferência de Biodiversidade das Nações Unidas, a COP15. Líderes de todo o mundo, além de organizações e ativistas do meio ambiente se reúnem em Montreal para traçar metas para reverter a perda da biodiversidade global até 2030.
É a primeira vez que o Brasil participa, ativamente, dos debates da conferência internacional. Nas edições anteriores, o país estava presente apenas como observador, por determinações internas da ONU.
A expectativa é que o país seja um importante porta-voz da temática da biodiversidade, principalmente depois do discurso do presidente Lula na COP27 que reafirmou a volta do Brasil para as pautas ambientais globais.
“O Brasil está pronto para se juntar novamente aos esforços para a construção de um planeta mais saudável e um mundo mais justo. O Brasil está de volta para reatar laços com o mundo, para cooperar com países mais pobres, estreitar relações com nossos irmãos latino-americanos e caribenhos”, declarou o petista durante a conferência climática.