Desespero: parentes procuram por vítimas após desabamento no Rio
Dois prédios na Muzema caíram no início da manhã desta sexta (12/4). Prefeitura diz que obras eram irregulares e área comandada por milícias
atualizado
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Familiares e amigos de moradores dos dois prédios que desabaram, por volta das 7h desta sexta-feira (12/4), começam a chegar na comunidade de Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro, em busca de notícias. Com a tragédia, ao menos duas pessoas morreram e sete ficaram feridas. Quem está no local afirma que há mais desaparecidos.
Alan Santana foi buscar informações sobre dois tios e três primos. Ele entregou ao Corpo de Bombeiros os nomes: Paloma, Nonato, Isac, Pedro, Luana e Rafael. A família morava no local há três meses e, segundo ele, as obras no prédio não estavam finalizadas.
“A parte de cima não estava acabada, estava no tijolo. Mas nunca falaram nada sobre estragos. Não sei de quem compraram ou se era irregular”, conta. Segundo ele, o preço médio dos apartamentos varia de R$ 90 mil a R$ 100 mil.
O homem conta como ficou sabendo da notícia. “Ia para o trabalho e meu pai me ligou. Quando liguei a televisão, vi que era aqui. Cheguei sem saber de nada. Meu tio disse que aqui era bom de morar”, lamentou.
Desesperada, Júlia Ferreira invadiu o local interditado. Ela contou aos repórteres que um primo, a esposa dele e os dois filhos moravam no primeiro andar de um dos prédios que desabou. “Estive aqui há poucas semanas, no aniversário das crianças”, detalhou.
Por volta de 9h30, homens da Defesa Civil e da Light desligaram a eletricidade na região. O acesso ao local é difícil e muitos moradores auxiliam os atingidos com água e comida. Segundo a Prefeitura do Rio, a localidade tem muitos imóveis irregulares.
Veja imagens do local: