1 de 1 Mão segurando carteira de trabalho e pessoas passando ao fundo, desfocadas
- Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
A taxa de desemprego no país recuou para 9,1% no trimestre encerrado em julho, atingindo 9,9 milhões de pessoas. Esta é a primeira vez, desde o trimestre encerrado em janeiro de 2016, que o número fica abaixo de 10 milhões.
As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (31/8), como resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
Já o índice de recuo é o menor da série desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015, quando a taxa também atingiu o patamar de 9,1%.
No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em junho, a taxa de desemprego estava em 9,3%, atingindo 10,1 milhões de pessoas.
De acordo com o atual estudo do IBGE, o contingente de pessoas ocupadas alcançou 98,7 milhões, recorde da série histórica iniciada em 2012. A alta foi de 2,2% (mais 2,2 milhões) ante o trimestre anterior.
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Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o termo desemprego é definido como “a condição de pessoas que se encontram, atualmente, sem emprego formal, mas que estão em busca ou dispostas a aceitar um trabalho caso surja a oportunidade”
Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Seguindo a mesma lógica, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) declara ainda que “não ter um emprego não é o equivalente a não ter um trabalho ou uma ocupação. Por essa razão, não se consideram para o cálculo estudantes, donas de casa e empreendedores”
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Existem inúmeros motivos que podem ocasionar o desemprego. No Brasil, por exemplo, a causa pode estar vinculada a crise econômica, baixa qualificação dos candidatos, transformações na base produtiva do país, baixa escolaridade, migração do campo para a cidade, crises políticas, falta de investimento social, entre outros
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A classificação do desemprego segue quatro tipos identificados a partir de suas causas. São eles: desemprego natural, estrutural, conjuntural e sazonal
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O termo desemprego natural refere-se a condição momentânea e ocasionada por demissão, troca de emprego ou pela recente inserção no mercado de trabalho, no caso de pessoas que estão em busca do primeiro emprego
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Desemprego estrutural tem como causa avanços tecnológicos e a inclusão de novos formatos de produção derivados desse processo. Já o desemprego conjuntural é aquele causado por crises politicas e/ou econômicas que se desencadeiam em escala regional, nacional ou global
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Desemprego sazonal refere-se à condição que se repete periodicamente, ou seja, temporária, e que está relacionada ao setor de serviços, como turismo, por exemplo
Reprodução/Agência Brasil
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No país, a metodologia utilizada pelo IBGE para realizar o levantamento da taxa de desemprego é denominada Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD
Hugo Barreto/Metrópoles
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Segundo a OIT, o cálculo deve excluir as pessoas que se encontram em trabalhos informais ou ainda aqueles que desistiram de procurar um, mesmo estando em condições para tal. Por essas razões, ainda segundo a organização, as estatísticas do desemprego podem ser subestimadas
Peter Dazeley/ Getty Images
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Entre as principais consequências do desemprego estão: aumento da pobreza, aumento da violência, crescimento do índice de criminalidade e a obvia redução (ou ausência) da renda familiar, que ocasiona a fome, por exemplo. Além do aumento do trabalho infantil, do subemprego, aumento de problemas psicológicos e físicos
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Segundo a OIT, todas essas consequências impactam negativamente na economia e no desenvolvimento social de uma nação
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Setores que puxaram a queda
O IBGE apontou duas atividades que influenciaram a queda do desemprego em julho. Nos segmentos relacionados ao comércio e à reparação de veículos automotores e motocicletas, houve acréscimo de 692 mil pessoas no mercado de trabalho (3,7%) em comparação com o trimestre anterior.
Já administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais tiveram incremento de 648 mil pessoas (3,9%).
Rendimento cresce
O levantamento também aponta que o rendimento real habitual (remuneração recebida mensalmente, sem acréscimos extraordinários ou descontos esporádicos) voltou a crescer, após um período de queda, e chegou a R$ 2.693 no trimestre.
O número é 2,9% maior que no trimestre anterior, mas 2,9% menor em relação ao mesmo período de 2021, quando o país ainda sofria os efeitos da pandemia.
O aumento foi puxado pelo rendimento dos empregadores (6,1%, ou mais R$ 369), dos militares e funcionários públicos estatutários (3,8%, ou mais R$ 176) e dos trabalhadores autônomos (3%, ou mais R$ 63).