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Desastre da Samarco obriga Cenibra a suspender produção de celulose em MG

Câmara dos Deputados e Assembleia de Minas vão investigar queda de barragens

atualizado

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1 de 1 barragem1 - Foto: TV Globo/Reprodução

A lama e os detritos liberados pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco, na cidade mineira de Mariana, contaminaram o Rio Doce e comprometeram a captação de água para a produção da fabricante de celulose Cenibra, cuja fábrica fica na cidade de Belo Oriente (cerca de 250 km de Belo Horizonte). A empresa informou na terça-feira, 10, que suspendeu sua produção desde o último sábado e que procura alternativas para solucionar o problema.

A Cenibra, controlada pelo grupo japonês JBP, repassa a maior parte de sua produção – de 1,2 milhão de toneladas por ano – para subsidiárias do conglomerado do qual faz parte. Hoje, a empresa representa cerca de 6,5% da produção nacional de celulose, que está em 16 milhões de toneladas ao ano. As líderes do mercado brasileiro são as gigantes Fibria e Suzano.

A paralisação da unidade da Cenibra vem em um momento em que o mercado de celulose, altamente exportador, lucra com a valorização do dólar. Segundo a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), que congrega as companhias do setor, o volume de vendas externas de celulose atingiu 7,5 milhões de toneladas entre janeiro e agosto, 8,6% mais do que em igual período de 2014. A receita em dólar subiu 2,3%, para US$ 5 bilhões – a grande diferença, porém, se dá quando o dinheiro entra no caixa das empresas, em real.

O desastre do rompimento da barragem da mineradora Samarco, que tem a brasileira Vale e a anglo-australiana BHP Billiton como sócias, deixou pelo menos seis mortos. Mais de 20 pessoas ainda estão desaparecidas. Com a contaminação do Rio Doce, a distribuição de água potável de diversos municípios de Minas Gerais foi afetada. O rompimento da barragem também vai reduzir a produção da Vale no Estado em 2015 e 2016.

Investigações
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (10), a criação de comissão externa para acompanhar a crise em Mariana. Ela foi solicitada pelo deputado Gabriel Guimarães (PT-MG) e outros parlamentares, que vão compor o colegiado. Já o deputado Wadson Ribeiro (PCdoB-MG) apresentou projeto que obriga a contratação de seguro contra rompimento ou vazamento de barragens (PL 3561/15). Proposta semelhante foi arquivada na quinta-feira (5).

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais também poderá abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a queda das barragens da Samarco em Bento Rodrigues.

O deputado João Magalhães (PMDB) entrou com requerimento para a CPI, que precisa da assinatura de 26 dos 77 parlamentares da Casa. Até as 19 horas de ontem, cerca de 40 deputados já haviam assinado, segundo o deputado Rogério Correia (PT).

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