Desaparecimento no AM: irmão de suspeito diz que ele foi torturado
Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado, foi preso pela polícia local, mas ainda não confessou participação no caso
atualizado
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A família do homem preso suspeito de envolvimento no sumiço do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips afirma que ele é inocente. Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado, está preso de forma provisória, por 30 dias, desde essa quinta-feira (9/6). O irmão de Amarildo, Osenei, afirmou à agência internacional Associated Press que o suspeito teria sido torturado pela polícia para confessar a participação no caso.
Pelado teria sido algemado em casa e começou o caminho em um barco com os policiais até Atalaia do Norte (AM). “Quando eles chegaram ao córrego do Curupira, trocaram de barco. Eles então bateram nele, torturaram ele, afogaram ele, pisaram na perna dele e jogaram spray de pimenta na cara dele. Eles também o drogaram duas vezes, mas não sei o que usaram”, contou Osenei, que visitou o irmão na cadeia.
A família continua a dizer que Amarildo é inocente no caso. Ele é o único suspeito de envolvimento no desaparecimento de Bruno e Dom preso até o momento. Outras pessoas já foram ouvidas em posição de testemunha e foram liberedas.
Material orgânico
Nesta sexta-feira (10/6), a Polícia Federal (PF) informou ter encontrado “material orgânico aparentemente humano” no Rio Itacoaí, próximo ao porto de Atalaia do Norte. A região foi o último local em que o indigenista Bruno Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips foram vistos.
O material já foi enviado para perícia do Instituto Nacional de Criminalística da PF. Em nota, a instituição também informou que prosseguiu com a busca fluvial e com reconhecimento aéreo na região do Rio Itacoaí.
Vestígios de sangue foram encontrados na embarcação de Amarildo. Os vestígios foram enviados para perícia em Manaus.
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