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Desaparecidos no AM: PF encontra material humano próximo a rio

Indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips estão desaparecidos desde domingo (5/6)

atualizado

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Barco flutuando na água com pessoas dentro - Metrópoles
1 de 1 Barco flutuando na água com pessoas dentro - Metrópoles - Foto: Divulgação

A Polícia Federal (PF) informou, nesta sexta-feira (10/6), ter encontrado “material orgânico aparentemente humano” no Rio Itacoaí, próximo ao porto de Atalaia do Norte. A região foi o último local em que o indigenista Bruno Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips foram vistos.

O material já foi enviado para perícia do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, afirmou a PF, em nota, no fim da tarde.

“Ainda na data de hoje, houve a coleta de materiais genéticos de referência do jornalista britânico Dom Phillips, na cidade de Salvador (BA), e do indigenista Bruno Pereira, na cidade de Recife (PE). Os materiais coletados serão utilizados na análise comparativa com o sangue encontrado na embarcação”, detalhou a corporação.

Em nota, a PF também informou que prosseguiu com a busca fluvial e com reconhecimento aéreo na região do Rio Itacoaí.

Na manhã desta sexta-feira, voluntários que atuam na busca de Bruno Pereira e de Dom Phillips encontraram sinais de escavação às margens do Rio Itacoaí.

No sexto dia de procura, militares do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, do Exército e da Marinha e agentes da Defesa Civil trabalham na busca, que ocorre abaixo da Comunidade Cachoeira. Atalaia do Norte era o destino de Dom e Bruno, que foram vistos navegando na região, mas nunca chegaram ao destino.

Nessa quinta-feira (9/6), a corporação já havia encontrado sangue na embarcação de Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado”, de 41 anos. O homem foi preso em flagrante na terça-feira (7/6) e teve a prisão temporária por mais cinco dias decretada logo após a audiência de custódia. Ele é suspeito de ter perseguido o jornalista e o indigenista.

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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados
Segundo Pelado, a perseguição à lancha na qual Bruno e Dom estavam durou cerca de 5 minutos. Jeferson Lima, outro envolvido no crime, teria atirado contra Bruno, que revidou com tiros
Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno
O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para auxiliar na busca dos desaparecidos e na investigação do caso
A região em que ocorreu o desaparecimento é de difícil acesso e faz fronteira com o Peru
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Arquivo pessoal
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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados

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Segundo Pelado, a perseguição à lancha na qual Bruno e Dom estavam durou cerca de 5 minutos. Jeferson Lima, outro envolvido no crime, teria atirado contra Bruno, que revidou com tiros

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Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno

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O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para auxiliar na busca dos desaparecidos e na investigação do caso

Erlon Rodrigues/PC-AM
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A região em que ocorreu o desaparecimento é de difícil acesso e faz fronteira com o Peru

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Alvo da cobiça de garimpeiros, o Vale do Javari é usado como rota para tráfico de cocaína

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Em 19 de junho, a polícia informou ter identificado outros cinco suspeitos que teriam atuado na ocultação dos cadáveres. Segundo a PF, “os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”

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Dom Phillips, 57 anos, era colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador, com a esposa

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PF já apreendeu dois pescadores suspeitos de participar no desaparecimento

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Governo afirmou que faz buscas em meio aéreo, marítimo e terrestre

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No dia seguinte, a Univaja emitiu comunicado informando, oficialmente, o sumiço dos homens. Em seguida, equipes da Marinha, Polícia Federal, Ministério Público Federal e do Exército foram mobilizadas e deram início a uma operação de busca

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Cinco dias

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso determinou que o governo federal intensifique as buscas pelo jornalista inglês Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Araújo Pereira. Eles estão desaparecidos há cinco dias na reserva indígena Vale do Javari, no Amazonas.

Barroso determinou que a União “adote imediatamente todas as providências necessárias à localização de ambos os desaparecidos, utilizando-se de todos os meios e forças cabíveis”.

O ministro cobra que as autoridades de segurança pública “apurem e punam os responsáveis pelo desaparecimento”. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (10/6). “Sem uma atuação efetiva e determinada do Estado brasileiro, a Amazônia vai cair, progressivamente, em situação de anomia, de terra sem lei. É preciso reordenar as prioridades do país nessa matéria”, escreveu Barroso na decisão.

O ministro ordenou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, delegado Anderson Torres; o diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes de Oliveira; e o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, sejam intimados.

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