Desaparecidos no AM: o que se sabe sobre as buscas até o momento?
Nesta segunda-feira, suposto resgate dos corpos do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira desencadeou reações
atualizado
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Um desencontro de informações marca o oitavo dia de buscas. Nesta segunda-feira (13/6), o suposto resgate dos corpos do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira desencadeou uma série de reações.
Segundo a Univaja, Dom e Bruno se deslocavam com o objetivo de visitar a equipe de vigilância indígena que atua perto do Lago do Jaburu. O jornalista pretendia realizar entrevistas com os habitantes daquela região.
De acordo com relatos, o desaparecimento ocorreu no trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte. A dupla foi vista pela última vez no dia 5 de junho.
O que se sabe até o momento sobre as buscas:
- A Polícia Federal investiga se estômago encontrado no boiando no Rio Javari é humano.
- A polícia analisa material genético achado na lancha de Pelado, supeito de envolvimento no desaparecimento.
- Uma mochila com objetos iguais aos do jornalista e do indigenista foi achada no domingo (12/6).
- De acordo com a esposa de Dom, Alessandra Sampaio, as equipes de buscas teriam localizado os cadáveres dos dois homens.
- A informação foi revelada por ela ao jornalista André Trigueiro, do canal de notícias GloboNews.
- Carteirinha de indigenista é apreendida pela PF no Amazonas.
- O jornal britânico The Guardian, onde Dom é colaborador, noticiou que os irmãos dele também foram informados da descoberta de dois corpos “amarrados a uma árvore em floresta remota”.
- As informações teriam sido repassadas pela Embaixada Brasileira em Londres.
- A Polícia Federal negou que tenha encontrado os corpos.
- A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) afirma que Dom e Bruno continuam desparecidos.
Bolsonaro comenta
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta segunda-feira (13/6), que os indícios levam a crer que foi feita “alguma maldade” com a dupla.
“Os indícios levam a crer que fizeram alguma maldade com eles, porque já foram encontradas, boiando no rio, vísceras humanas, que já estão aqui em Brasília para fazer o DNA. E pelo prazo, pelo tempo, já temos hoje oito dias, indo para o nono dia que isso tudo aconteceu, vai ser muito difícil encontrá-los com vida. Eu peço a Deus que isso aconteça, que os encontremos com vida, mas os informes, os indícios levam para o contrário no momento”, disse Bolsonaro em entrevista à CBN Recife.
A Organização das Nações Unidas (ONU) criticou a ação “extremamente lenta” do governo brasileiro e cobrou que as autoridades “redobrem esforços” nas operações de busca.
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