Desabamentos de casas deixam 4 crianças mortas em São Paulo
Os bombeiros acreditam que os desabamentos sejam consequências das fortes chuvas. As tempestades colocaram toda a cidade em alerta
atualizado
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As chuvas que caíram sobre a região metropolitana de São Paulo na tarde desse sábado (16/2) provocaram o desabamento de duas casas em Mauá, na Grande São Paulo.
Quatro crianças morreram após os desabamentos. Em um dos desmoronamentos, na avenida Cidade de Mauá, altura do número 1.813, um garoto de 8 anos e uma menina de 11 meses, sua irmã, foram encontrados mortos pelos bombeiros na madrugada deste domingo. A mãe deles foi socorrida por populares. A capital entrou em estado de atenção para alagamentos.
Em outro desabamento, na rua Ane Altomar, número 200, dois garotos foram encontrados mortos soterrados. A mãe deles foi atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Nesse mesmo local, um homem, de 41 anos, que teve fratura exposta, foi encaminhado ao Pronto Socorro Nardini, em Mauá.
Os bombeiros acreditam que os desabamentos sejam consequências das fortes chuvas. No total, já são 22 viaturas e 71 agentes envolvidos nos dois resgates.
As pancadas de chuva colocaram toda a cidade de São Paulo em estado de atenção para alagamentos. A informação é do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), que adicionou as zonas norte, centro, leste e sudeste na lista de regiões que podem sofrer transbordamento de rios e deslizamentos de terra. A Marginal do Tietê também entrou em estado de atenção.
Na capital, os bairros do Ipiranga, na zona sul, e Aricanduva, Vila Formosa e Itaquera, na zona leste, estão em estado de alerta. A Prefeitura Regional de Aricanduva entrou em estado de alerta às 18h18, porque o Córrego Aricanduva está em “iminência de transbordamento”, informou o CGE.
No Ipiranga, existe iminência de transbordamento no Córrego Ipiranga na altura da Praça Leonor Kaupa; no Córrego Moinho Velho na altura da Rua 2 de Julho; no Ribeirão dos Meninos na altura do número 594 da Avenida Marginal; e no Rio Tamanduateí na altura do número 600 da Avenida Doutor Francisco Mesquita.
A Prefeitura Regional de Itaquera informa sobre a iminência de cheia do Rio Verde na altura da Rua Cunha Porã.
De acordo com o CGE, instabilidades ganharam força durante a tarde de sábado e provocaram pancadas isoladas de chuva nas horas seguintes. Precipitações moderadas já foram registradas em alguns pontos da cidade. As zonas sul, oeste e a Marginal do Pinheiros já estavam em estado de atenção.
Segundo o Corpo de Bombeiros, 290 ocorrências foram registradas na região metropolitana entre a 0 hora e as 23:59 deste sábado, sendo 147 acionamentos por queda de árvores, 81 por desabamentos e 62 por enchentes ou alagamentos.
A previsão é a de que o tempo melhore gradativamente nos próximos dias. O sol deve aparecer no domingo, e os termômetros terão variações de 17°C a 25°C.
Tempo
As fortes chuvas tiveram início na noite de sexta-feira e fizeram com que o CGE decretasse estado de atenção para alagamentos às 7h48 desse sábado em todas as regiões da cidade, além das marginais do Tietê e do Pinheiros. O alerta foi mantido até as 9h, após a passagem do período de maior instabilidade, e retomado na tarde desse sábado.
Na região central, a queda de uma árvore interditou temporariamente o cruzamento entre a Alameda Santos e a Avenida Brigadeiro Luís Antônio. A via já foi desobstruída. Por causa de um raio, a Linha 10-Turquesa da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) operou com velocidade reduzida na manhã desse sábado. Mais cedo, a Linha 15-Prata passou pelo mesmo problema, mas a situação já foi normalizada.
O Aeroporto de Congonhas também foi afetado pelas chuvas. Durante alguns minutos pela manhã, a pista principal teve de fechar para pousos e decolagens. Até as 11h desse sábado, alguns voos seguiam atrasados.