Deputados cobram informações ao Ministério da Educação sobre Enem
Parlamentares acreditam que as mudanças na pasta e no Inep impactam na prova. Falência de gráfica e avaliação das questões preocupam
atualizado
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As incertezas que rondam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) fizeram com que a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovasse nesta terça-feira (16/04/19) um requerimento
de informações a ser enviado ao Ministério da Educação (MEC). Os parlamentares estão preocupados com a viabilidade da prova neste ano.
Para o deputado Idilvan Alencar (PDT-CE), que apresentou o requerimento, as recentes mudanças no MEC, no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) — responsável pela avaliação —, e a falência da gráfica que imprimiu as provas nos últimos 10 anos precisam ser esclarecidas.
O parlamentar solicitou detalhes do cronograma de realização da prova, principalmente sobre o tempo necessário para a contratação da nova gráfica. “Restando menos de seis meses para a data prevista do Enem e pela relevância que o exame tem para mais de cinco milhões de inscritos, o atraso do MEC e do Inep na divulgação dessas informações é fator de intranquilidade”, avalia Idilvan.
Outro questionamento do deputado são os resultados da comissão que analisou o conteúdo para sugerir a não utilização de alguns itens sem apresentar os critérios usados. Em março, o MEC criou um grupo com três pessoas para avaliar as questões do exame. Segundo o governo, eles tinham o objetivo de “verificar sua pertinência com a realidade social, de modo a assegurar um perfil consensual do exame”.
Idilvan quer saber quantos itens foram considerados inadequados, as justificativas para a exclusão, os custos envolvidos na eliminação de itens do banco e a decisão final do órgão. Para o parlamentar, essas informações não comprometem o sigilo do exame. O MEC e o Inep têm 30 dias para responder.
No documento, o parlamentar ressalta as dúvidas acerca do Enem. “Pela sua relevância na educação do país, merece toda a atenção desta comissão, que deve buscar ter clareza dos processos e riscos envolvidos e zelar para que o Poder Executivo para o bom andamento do exame’, destaca o texto.
O Metrópoles entrou em contato como o MEC, mas até a última atualização desta reportagem não havia recebido resposta. O espaço continua aberto para manifestações.