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Deputados acionam MPF contra Ratinho Jr sobre indígenas: “Paraguaios”

Governador do Paraná se referiu aos indígenas Avá Guaranis do oeste do estado como “índios paraguaios”

atualizado

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Valter Campanato/Agência Brasil
Foto colorida do governador do Paraná, Ratinho Junior - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do governador do Paraná, Ratinho Junior - Metrópoles - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Deputados federais do PSol e da Rede acionaram o Ministério Público Federal (MPF) contra o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), em decorrência de uma declaração a respeito dos indígenas Avá Guaranis, do oeste do estado.

O governador, em entrevista à imprensa, chamou os indígenas de “índios paraguaios” ao se posicionar contra a ocupação de terras nas cidades de Terra Roxa e Guaíra. Os deputados classificaram a declaração de Ratinho Júnior como “racista”.

“É inadmissível que um agente público, especialmente um governador, use seu cargo para promover o racismo e atacar direitos fundamentais garantidos pela Constituição Federal”, argumenta a deputada Célia Xakriabá (PSol-MG).

Além de Célia, assinam a representação Carolina Dartora (PSol-PR), Erika Hilton (PSol-SP), Fernanda Melchionna (PSol-RS), Francisco Rodrigues de Alencar Filho (PSol-RJ), Glauber Braga (PSol-RJ), Guilherme Boulos (PSol-SP), Henrique Vieira (PSol-RJ), Ivan Valente (PSol-SP), Luciene Cavalcante (PSol-SP), Luiza Erundina (PSol-SP), Sâmia Bomfim (PSol-SP), Talíria Petrone (PSol-RJ), Tarcísio Motta (PSol-RJ) e Túlio Gadêlha (Rede-PE).

O Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) também se manifestou a respeito da declaração do governador do Paraná. “Evidências arqueológicas e antropológicas, amplamente documentadas, atestam a ancestralidade da presença indígena na região” destaca a nota.

No fim do ano passado, os Avá Guarani foram alvo de um ataque de fazendeiros da região da terra indígena Tekoha Guasu Guavira, segundo informações do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), inclusive, chegou a ser proibida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) de entregar itens para o povo Avá Guarani, que está em processo de retomada.

O Metrópoles tentou contato com a equipe do governador do Paraná, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.

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