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Deputado quer explicação de ministro que comparou brasileiro a canibal

O pedido de Comissão Geral para ouvir Ricardo Vélez Rodriguez já conta com 176 assinaturas e sua inclusão na pauta depende de Rodrigo Maia

atualizado

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Antônio Cruz/Agência Brasil
alessandro molon
1 de 1 alessandro molon - Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O requerimento para a convocação do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, na Câmara, já conta com 176 assinaturas, cinco a mais que o mínimo necessário para a convocação de titulares da Esplanada a participarem de Comissões Especiais. O documento foi apresentado pelo deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) e pede que Vélez seja obrigado a esclarecer ao Plenário da Câmara declarações suas consideradas ofensivas aos brasileiros.

Em entrevista à revista Veja, publicada no último fim de semana, Velez Rodrigues, que é colombiano, classificou o turista brasileiro como “canibal”. Segundo ele, o brasileiro, quando viaja “rouba coisas dos hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião; ele acha que sai de casa e pode carregar tudo”.

No documento, protocolado na última segunda-feira (4/2), o deputado se mostrou indignado com a declaração e observou que é “inadmissível que um ministro nascido em outro país desfira ataques tão graves contra a honra dos brasileiros, taxando-os de criminosos”, destaca Molon.

“São ataques inaceitáveis que o ministro da Educação fez contra o povo brasileiro, chamando a todos de ladrões, além de ter atacado artistas, intelectuais, teólogos, jornalistas e outras pessoas. Este não é o papel de um ministro da Educação, ainda mais de alguém que nasceu em outro país e que não pode usar este cargo para atacar a honra dos brasileiros”, disse o deputado.

Além das declarações que insinuam que os brasileiros são ladrões, o colombiano ainda defendeu incluir a disciplina educação moral e cívica no currículo do ensino fundamental para ensinar ao adolescente que viaja “que há contextos sociais diferentes e que as leis de outros países devem ser respeitadas”.

A decisão de pautar o requerimento é prerrogativa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Integrantes da oposição que assinaram o pedido querem que o pedido já seja pautado para a próxima semana. Para a convocação do ministro, é necessário que o requerimento seja aprovado no plenário maioria simples. Caso isso ocorra, ele é obrigado a comparecer à Comissão Geral e responder às perguntas dos deputados.

“Vou pedir ao presidente da Casa que coloque em votação na semana que vem para que ele venha imediatamente de explicar e se desculpar com o povo brasileiro”, disse Molon, se mostrando otimista em relação à possibilidade de aprovação do pedido.

“Há um indício que o requerimento será aprovado porque nós superamos o tamanho da oposição na Casa com essas assinaturas, mas, de fato, acreditamos que ele virá, porque se não vier é crime de responsabilidade”, explicou o deputado.

 

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