Deputado quer dados de redes sociais sobre atuação nos atos de 8/1
À CPMI deputado Duarte Júnior pediu informações a pelo menos cinco redes sociais sobre os ataques aos prédios dos Três Poderes, em Brasília
atualizado
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O deputado Duarte Júnior (PSB-MA) apresentou à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga os atos golpistas do 8 de janeiro quatro requerimentos solicitando informações a pelo menos cinco redes sociais sobre os ataques aos prédios dos Três Poderes, em Brasília.
As plataformas citadas por Duarte — Instagram, Facebook, TikTok, Kawai e Twitter — foram utilizadas pelos invasores para divulgar os atos e publicar, em tempo real, os acontecimentos do dia. Em grupos e canais bolsonaristas, as viagens até Brasília para participação nos atos foram amplamente divulgadas nas redes para atrair mais manifestantes.
O deputado solicitou a relação de todas as contas excluídas pela plataforma no período de 1º/10/2022 a 25/5/2023; identificação dos perfis verificados que tiveram conteúdo relacionado aos atos ocorridos em 12/12/2022 e 8/1/2023 removidos ou restringidos, informando qual a postagem que gerou tal punição; e relatório completo de denúncias recebidas no período de 1º/10/2022 a 29/5/2023, indicando o motivo da denúncia, perfis ou publicações denunciadas, providências tomadas pelas plataformas em relação à denúncia.
Duarte afirma que “é fundamental compreender a influência das plataformas digitais nos atos de violência ocorridos em janeiro. Por meio dos requerimentos que apresentei, estamos buscando elucidar o envolvimento das bigtechs na disseminação de conteúdo violento e na monetização das transmissões ao vivo durante esses eventos criminosos.”.
O papel das bigtechs tem sido amplamente discutido no âmbito dos Três Poderes. Atualmente, uma investigação da Polícia Federal apontou que 12 canais bolsonaristas receberam quase R$ 7 milhões em monetização do YouTube.
O requerimento apresetado pelo deputado também justifica que “as informações obtidas no âmbito de outras investigações sobre o mesmo tema e amplamente divulgado pela mídia, o Facebook e Instagram foram utilizados por golpistas para incitar a violência, atos de ruptura democrática, ataque às instituições e autoridades públicas”.