Deputado que quebrou placa de Marielle diz querer homenageá-la
Rodrigo Amorim, do PSL, quer que o governador Cláudio Casto crie uma casa de acolhimento a mulheres na Vila Mimosa, zona norte do Rio
atualizado
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Rio de Janeiro – O deputado estadual Rodrigo Amorim (na foto em destaque, ao lado direito), do PSL, quer que o governador Cláudio Castro, do PL, crie uma casa de acolhimento a mulheres em situação de vulnerabilidade. Segundo ele, trata-se de uma homenagem à vereadora Marielle Franco, assassinada a tiros em uma emboscada em 14 de março de 2018.
O local do atendimento seria na Vila Mimosa, na Praça da Bandeira, zona norte, uma das áreas mais famosas de prostituição na cidade. A indicação 6490/2021 foi proposta pelo parlamentar na Assembleia Legislativa (Alerj) em 27 de setembro.
“Sabe-se que uma das pautas da vereadora e seus séquitos é aplicação dos Direitos Humanos nas mais situações inusitadas, sempre em defesa daqueles que, inclusive, vivem à margem da lei. (…) visando homenagear a citada vereadora, implantar uma casa de acolhimento num dos redutos de prostituição (…) é tentar preservar as mulheres que ali estão expostas, proporcionando mais dignidade”, justificou.
Em outubro de 2018, Amorim quebrou a placa com o nome de Marielle ao lado do deputado federal Daniel Silveira, do PSL, (na foto em destaque, ao lado esquerdo), atualmente preso por ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Placa retirada
A homenagem à vereadora, assassinada junto com o motorista Anderson Gomes, tinha sido colocada por manifestantes sobre a placa que indicava a Praça Marechal Floriano, em frente à Câmara de Vereadores do Rio, no Centro. Na ocasião, Amorim argumentou que estava “restaurando a ordem” e emoldurou parte da placa em seu gabinete.
Com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Amorim se tornou o deputado mais votado da Alerj com mais de 140 mil votos no último pleito. O Metrópoles tentou falar com o político, por meio de sua assessoria, mas ainda não obteve resposta.