Deputado pede que MPSP investigue mudança na certidão de óbito da mãe de Luciano Hang

O deputado federal Ivan Valente (PSol) pede que o Ministério Público de São Paulo (MPSP) amplie as investigações no caso da Prevent Senior. O parlamentar entregou, nesta quarta-feira (29/9), representação na qual solicita aos promotores que analisem possível adulteração de documento público que trata do atestado de óbito da mãe do empresário Luciano Hang, dono da Havan.

Na última sexta-feira (23/9), o MPSP abriu uma força-tarefa a fim de apurar possíveis irregularidades cometidas pela empresa Prevent Senior e denunciadas na CPI da Covid-19.

Em dossiê apresentado à comissão pela advogada de 12 médicos da operadora de saúde, Bruma Morato, aponta suspeitas do uso de cobaias humanas durante a pandemia de Covid-19. Levanta ainda indicativos de que pessoas morreram após terem remédios sem eficácia comprovada contra a doença aplicados nelas sem conhecimento.

A força-tarefa apura, hoje, a suspeita de crimes de homicídio, falsidade ideológica e omissão de notificação às autoridades. O deputado Ivan Valente pede que outra suspeita também seja evidenciada na atuação do MPSP: a de adulteração de documento público.

A advogada dos médicos afirmou em depoimento à CPI que mãe do mãe do empresário bolsonarista Luciano Hang, Regina Hang, tomou medicamentos do chamado kit Covid e teve a certidão de óbito alterada.

“Segundo consta no prontuário, ela fez uso do tratamento preventivo”, disse a advogada à CPI da Covid-19, informando que a mãe do empresário recebeu os medicamentos hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina e colchicina.

“Ela dá entrada por Covid, e no período em que ela passa na internação a doença evolui, como de outros pacientes com Covid-19, mas essas informações não são retratadas na declaração de óbito”, afirmou Bruna Morato.

Na representação, Ivan Valente pede investigação e responsabilização de possíveis autores do delito.