Deputado pede que MPF investigue gastos hospitalares de Bolsonaro
Ivan Valente diz que as informações da unidade e da Presidência são conflitantes e destaca possível conflito de interesses
atualizado
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O deputado federal Ivan Valente (PSol-SP) acionou o Ministério Público Federal (MPF) para que investigue os gastos do presidente Jair Bolsonaro (PL) com internações no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo.
A representação, protocolada na segunda-feira (24/1) na Procuradoria da República no Distrito Federal, destaca que as informações fornecidas pela Presidência da República e pela unidade privada, onde o mandatário foi internado pela última vez no início deste ano, são conflitantes.
No pedido, o deputado questiona a forma dos pagamentos das despesas e a transparência dos custos que envolveram o transporte do médico Antônio Luiz Macedo, que estava de férias nas Bahamas, e retornou ao Brasil a pedido do presidente.
Valente destaca que a rede de hospitais e seus proprietários “possuem uma série de interesses que dependem diretamente de decisão do presidente da República e do governo federal”. A ação cita a composição da Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS), órgão regulador do setor, e as decisões do Conselho Administrativa de Defesa Econômica (Cade), responsável por autorizar fusões e aquisições na área privada.
“A falta de informações sobre o custeio das internações do Presidente da República nos hospitais da Rede de Hospitais Star Rede D’Or, bem como sobre o custeio do voo que trouxe seu médico das Bahamas para o atendê-lo durante a última internação, demonstram mais do que falta de transparência e indicam uma verdadeira situação de conflito de interesses, com a subordinação do interesse público ao interesse privado, o que também aponta para indícios da prática de improbidade administrativa”, justifica.
Desde que sofreu a facada em setembro de 2018, durante a campanha presidencial, Bolsonaro deu entrada no hospital privado três vezes: em 2019, em 2021 e no início de 2022. Houve ainda uma cirurgia para retirada de cálculo na bexiga em 2020.
Veja a representação protocolada no MPF:
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