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Deputado líder de caminhoneiros chama manifestantes de “baderneiros”

Presidente da Frente Parlamentar dos Caminhoneiros Autônomos disse que manifestantes são “bucha de canhão para atacar democracia”

atualizado

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Elaine Menke/Câmara do Deputados
Deputado Nereu Crispim (PSD-RS), que não foi reeleito em 2022, fala em sala de comissão diante de microfone e bandeira do Brasil atrás - Metrópoles
1 de 1 Deputado Nereu Crispim (PSD-RS), que não foi reeleito em 2022, fala em sala de comissão diante de microfone e bandeira do Brasil atrás - Metrópoles - Foto: Elaine Menke/Câmara do Deputados

O presidente da Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos, deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS), voltou a criticar, nesta terça-feira (1º/11), as manifestações espalhadas pelo país que resultaram no bloqueio de estradas e rodovias. Os atos são motivados pela derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais.

Pelas redes sociais, Crispim classificou como “baderneiros” os bolsonaristas que persistem em bloquear as rodovias. O parlamentar também endossou cobranças ao diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, pela adoção de medidas para contornar as manifestações.

“A Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas continua cobrando junto a Silvinei Vasques que cumpra ordem judicial de desobstruir as rodovias! Baderneiros parem de usar os caminhoneiros autônomos como bucha de canhão para atacar a Democracia!”, publicou o deputado.

“Bloqueios criminosos”

Em entrevista ao Metrópoles, Crispim classificou os manifestantes como “criminosos ideológicos” que fazem “uso político” do nome da categoria.

“Essas pessoas que hoje estão tentando paralisar as rodovias são criminosos ideológicos, que não souberam perder a eleição ontem”, disse o deputado. “Nós não estamos precisando desse tipo de atitude neste momento, de criar uma instabilidade”, destacou.

Ele afirmou que a Frente enviou ofício ao órgão e ao Ministério da Justiça para que sejam tomadas ações para liberar as estradas como forma de evitar maiores prejuízos à população.

No fim da manhã desta segunda, a Advocacia-Geral da União (AGU) foi acionada para garantir liminares com o intuito de acabar com os bloqueios realizados por apoiadores do presidente. “Se tiver que solicitar a prisão de pessoas que estejam utilizando o nome dos caminhoneiros para continuar com esses bloqueios, nós vamos solicitar”, assegurou.

Pontos de interdição

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, há 267 pontos de interdição ativos nas estradas. Mais de 306 pontos foram desbloqueados, conforme informado pela corporação.

Santa Catarina, Pará e Mato Grosso são os estados com maior número de interdições. Também há pelo menos 100 caminhoneiros autuados até o momento.

Até a meia-noite de segunda (31/10), 182 autuações de trânsito foram distribuídas a que obstruiu rodovias ou organizando bloqueios – multas giram entre R$ 5 mil e R$ 17 mil.

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