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Deputado governista defende demissão de Gonçalves Dias do GSI

Orlando Silva, do PCdoB-SP, diz que chefe do GSI é honrado, mas imagens junto a golpistas o puseram numa situação constrangedora

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Luiz de Almeida, conversa com o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias
1 de 1 Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Luiz de Almeida, conversa com o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Um dos representantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados, Orlando Silva (PCdoB-SP) diz reconhecer que não há condições políticas para a permanência de Gonçalves Dias como ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e defende a demissão do general. A oposição aponta jogo para impedir a presença do militar no colegiado.

Gonçalves Dias foi flagrado por câmeras de segurança do Planalto durante os ataques terroristas de 8/1. Nos vídeos, é possível ver o ministro e militares do GSI no local em meio a dezenas de golpistas, durante as invasões. Os militares, cuja missão seria zelar pela segurança das autoridades federais e do palácio em si, aparecem guiando os invasores para portas de saída, em clima ameno.

“As imagens são impactantes. O ministro tem uma trajetória honrada, mas é uma situação constrangedora. Na minha opinião, ele perdeu as condições de seguir no GSI. Quando ele vier aqui, poderá prestar todos os esclarecimentos. É uma questão política, que pode gerar uma crise”, disse Orlando nesta quarta-feira (19/4).

A oposição aponta jogo da base do governo. O Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), líder governista na Comissão, apoiou o requerimento para convocação de Gonçalves Dias. Isso porque, nesta quarta, o general deveria ser ouvido na Comissão de Segurança Pública da Câmara. Ele foi convidado e havia confirmado, por volta das 10h, sua presença.

Após a divulgação das imagens, o militar apresentou um atestado médico e não compareceu. A ausência irritou a oposição, que tenta associar ao governo Lula a suposta ação do GSI e, dessa forma, apresentou requerimento de convocação do general. Caso Gonçalves deixe o cargo, como sugeriu Orlando, ele não mais poderá ser convocado e não será obrigado a comparecer à comissão.

Um requerimento para nova convocação de Gonçalves Dias, na próxima quarta-feira (26/4), foi aprovado. Diante da possibilidade de o general deixar o cargo, parlamentares de oposição reforçaram a necessidade de instauração de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os atos terroristas.

Confissão de culpa

Presidente da Comissão de Segurança Pública, Ubiratan Sanderson (PL-RS) chegou a comentar que uma renúncia do chefe do GSI causaria desgaste ao atual governo e seria uma confissão de culpa do general. Outro deputado da oposição, Marcel Van Hattem (Novo-RS), defendeu a prisão de Gonçalves Dias.

“Está muito clara a contribuição ilegítima do ministro-chefe do GSI para esses criminosos. Aqueles que invadiram são criminosos, deveriam ser tratados como vândalos e criminosos. Mas foram tratados, diria, até com certo assessoramento do ministro. Agora, a pergunta que nós vamos fazer é se, como homem de confiança do presidente Lula, suas ações eram de conhecimento do presidente”, disse Sanderson na comissão.

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