Deputado bolsonarista aciona STF contra Dino por “omissão intencional”
Nikolas Ferreira (PL-MG) quer que ministro da Justiça seja responsabilizado por atos terroristas e sugere até prisão preventiva de Dino
atualizado
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O deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou nesta quarta-feira (11/1) que encaminhou notícia-crime contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, por omissão intencional nos atos terroristas de domingo (8/1).
Nikolas encaminhou o documento ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Ele pede que, caso a denúncia se comprove, Dino seja preso preventivamente.
Veja:
Protocolei uma notícia crime ao ministro Alexandre de Moraes sugerindo que seja analisado a responsabilização do ministro da justiça, Flávio Dino, por omissão intencional nos atos de 08/01. Inclusive, se for o caso, decretando sua prisão preventiva.
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) January 11, 2023
Em relação à atuação do governo do Distrito Federal durante os atos de vandalismo, Dino afirmou que não condena o governador afastado Ibaneis Rocha (MDB), mas ressaltou que havia um acordo que não foi cumprido.
“Houve um acordo interfederativo e era preciso que, na revisão desse acordo, nós fossemos informados, e não fomos. Acreditávamos que o planejamento feito seria cumprido, mas não foi”, completou.
Anderson Torres como culpado
Questionado sobre a falha na segurança no último domingo, o interventor federal na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, voltou a apontar a ausência do então secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, como principal erro no impedimento dos atos terroristas. Para ele, houve “falta de comando”.
“Os homens da PM são os mesmos homens que executaram uma operação exemplar no dia 1º de janeiro, na posse do presidente Lula. O que mudou do dia 1º para o dia 8 foi que o senhor Anderson Torres (ex-secretário de Segurança do DF) assumiu a secretaria no dia 2. Ele exonerou boa parte do comando da secretaria e viajou aos Estados Unidos, inclusive sem estar de férias”, criticou. Torres foi exonerado e teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes.