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Deputadas barram nome de Damares Alves em prêmio de cidadania

Homenagem a mulheres de destaque rendeu críticas à gestão de Damares Alves. Deputada classificou a senadora eleita como inimiga da categoria

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Fotografia colorida de mulher com camiseta do Brasil discursando com microfone na mão esquerda
1 de 1 Fotografia colorida de mulher com camiseta do Brasil discursando com microfone na mão esquerda - Foto: Reprodução

Em votação para conceder o prêmio Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós, deputadas barraram o nome da ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Damares Alves. O prêmio já homenageou nomes como os de Maria da Penha, Elza Soares e Olga Benário Prestes.

A ex-ministra e senadora eleita pelo Distrito Federal foi incluída em uma lista com 11 indicações pela deputada federal Rosangela Gomes (Republicanos-RJ) para que fosse homenageada pela atuação à frente do ministério.

A deputada Sâmia Bomfim (PSol-SP) rechaçou a indicação ao classificar a ex-ministra como inimiga das mulheres por sua atuação no governo de Jair Bolsonaro (PL). A gestão, segundo a parlamentar, foi “conservadora, fundamentalista e anti-mulheres”.

“A gente precisa, de fato, indicar, escolher e homenagear aquelas [mulheres] que fazem história para o nosso país”, afirmou a deputada Vivi Reis (PSol-PA), que classificou a atuação de Damares como uma vergonha e um desserviço à política para as mulheres.

Talíria Petrone (PSol-RJ) reforçou a crítica ao afirmar que homenagear a ministra envergonha o parlamento brasileiro. Segundo ela, pesa contra a ex-ministra acusações de prevaricação e crime eleitoral por denunciar suposto esquema de abuso sexual infantil na Ilha do Marajó. Damares  não apresentou provas do que afirmou.

Também renderam críticas à atuação da ministra em caso de criança estuprada pelo tio, no Espírito Santo, em 2020. O caso enfureceu a pauta conservadora porque a Justiça decidiu pela realização de um aborto, garantido por lei, à criança.

Foram lembradas também declarações da ex-ministra em que relacionou o estupro de meninas na Ilha do Marajó à falta de fábrica de calcinhas, além de propor dividir meninos e meninas entre as cores azul e rosa

Ganhadoras

A sessão terminou com cinco escolhidas para receber o Diploma Carlota Pereira de Queirós. Ganharam Dalva Christofoletti Paes da Silva, Elaine Cristina Pimentel Costa, Erica Verícia Canuto de Oliveira Veras, Muna Zeyn e Simone Franceska Pinheiro Chagas.

Premiação

O Diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós foi criado em 2003 a fim de homenagear mulheres que tenham contribuído para o pleno exercício da cidadania, em defesa dos direitos da mulher e questões de gênero. Desde a criação, já agraciou 50 mulheres.

A premiação recebe o nome da médica, escritora, pedagoga e política Carlota Pereira de Queirós. Ela ficou marcada na história da Câmara dos Deputados por ser a primeira mulher brasileira eleita deputada federal.

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