Deputada Lucinha, “madrinha da milícia”, tinha R$ 140 mil em casa
A deputada carioca Lucinha se tornou alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) na segunda-feira, sob suspeita de favorecer milícia
atualizado
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A deputada estadual Lucinha (PSD-RJ) depôs à Polícia Federal na segunda-feira (18/12), após se tornar alvo da Operação Batismo. Durante o cumprimento de mandato de busca e apreensão, foram encontrados cerca de R$ 140 mil e duas pistolas na casa da parlamentar.
Ela estava acompanhada da advogada e ficou na PF por duas horas.
A parlamentar usou acessórios para se tornar menos reconhecível, como óculos escuros e máscara, além de ter mantido os cabelos presos.
O automóvel em que chegou era uma picape preta de modelo Jeep Compass, que foi escoltada. A deputada deixou o local sem falar com a imprensa.
Em nota enviada ao Metrópoles, na última segunda, o Partido Social Democrático (PSD) destacou que “aguardará o acesso aos autos para emitir posicionamentos adicionais”.
Entenda o caso de Lucinha
A ação é um desdobramento da Operação Dinastia, deflagrada pela PF em agosto de 2022, com o objetivo de desarticular organização criminosa formada por milicianos com atuação na zona oeste do Rio. Foram oito mandados de busca e apreensão cumpridos por cerca de 40 policiais federais.
A suspeita é de que a parlamentar e uma assessora beneficiaram uma milícia que atua na zona oeste do Rio de Janeiro, conhecida como bonde do Zinho. O bonde do Zinho protagonizou a queima de ônibus no RJ recentemente.
Intitulada de “madrinha” pelas lideranças do grupo criminoso, a parlamentar foi afastada pela Justiça, por tempo indeterminado, de exercer atividades legislativas. Também foi proibida de manter contatos com determinados agentes públicos e políticos, e de frequentar a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).