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Deputada Erika Hilton sobre direitos LGBTQIA+: “Congresso sempre foi omisso”

Em entrevista ao Metrópoles, a deputada federal Erika Hilton (PSol-SP) falou sobre o início do mandato e pautas que vai defender na Câmara

atualizado

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Deputada federal Erika Hilton
1 de 1 Deputada federal Erika Hilton - Foto: Reprodução/YouTube

A deputada federal Erika Hilton (PSol-SP), primeira travesti eleita para a Câmara dos Deputados, ao lado de Duda Salabert (PDT-MG), fala em omissão do Congresso Nacional em relação aos temas da comunidade que ela pretende representar no parlamento. Em entrevista ao Metrópoles, ela defendeu a instalação de uma Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos LGBTQIA+. Para a instalação, são necessárias 198 assinaturas, sendo 171 na Câmara e 27 no Senado.

“O Congresso brasileiro sempre foi omisso”, afirmou a deputada ao defender a criação do grupo. “Quais são, do ponto de vista da legislação, os direitos que nós temos assegurados enquanto comunidade LGBTQIA+? Não há. O que nós temos hoje são decisões do Supremo Tribunal Federal“, pontua.

“É preciso que o parlamento brasileiro construa leis e olhe para essa população. Estamos falando do primeiro país do mundo que mais mata essa comunidade, que trata com ódio, com requintes de crueldade, com violência”, destacou.

A deputada propõe discutir, por meio da Frente Parlamentar, as principais necessidades da população, e a partir disso, buscar formas de combater desigualdades. “Não basta apenas ficar apontando os dados da violência, os dados da crueldade, a forma como somos tratados, é preciso organizar saídas para tudo isso”, argumenta.

Erika Hilton também falou sobre os próximos projetos que pretende levar para a Câmara dos Deputados. Um deles será voltado à população submetida à situação de rua. Ela defendeu ainda ampliar o diálogo com parlamentares mais alinhados ao centro para aprovar projetos que considera importantes.

“A minha maior preocupação nesse momento é tentar ignorar e abafar essa extrema direita fascista, antidemocrática, cruel, perversa, e ir buscando naqueles que estão mais ao centro, mais perto do espectro democrático, pontos de apoio para que as políticas que para nós são importantes consigam tramitar, caminhar, nascerem e serem efetivadas.”

Confira a entrevista completa:

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