Deputada e médica bolsonarista recebe segunda dose da Coronavac
Médica no Hospital Metropolitano de Serra, a deputada federal Soraya Manato (PSL-ES) recebeu a primeira dose da vacina em 25 de janeiro
atualizado
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A deputada federal Dra. Soraya Manato (PSL-ES), apoiadora do presidente Jair Bolsonaro e defensora do tratamento precoce para a Covid-19, vai receber a segunda dose da vacina Coronavac nesta segunda-feira (22/2). As informações foram relatadas em coluna do blog Painel, na Folha de S. Paulo, e confirmadas pelo Metrópoles.
A deputada, que também é médica ginecologista obstetra, afirma trabalhar duas vezes por semana no Hospital Metropolitano de Serra (ES), onde recebeu a 1ª dose, em 25 de janeiro, dia em que o governo de seu estado abriu vacinação para trabalhadores da saúde.
Soraya não divulgou aos seus seguidores que recebeu o imunizante, mas a assessoria de imprensa da deputada confirmou as informações.
Por ainda atuar como profissional de saúde, Manato faz parte do grupo prioritário para receber a vacina contra a Covid-19. No entanto, ela diz que preferia ter sido imunizada com outra vacina que não a Coronavac.
“Por mim, teria preferência por outra. Mas não tive outra opção, (a Coronavac) foi a que deram no hospital e obedeci”, afirmou a coluna Painel, no último domingo (21/2).
A parlamentar diz que tem preferência por outra vacina por causa de “estudos e referências” na área, mas garante que não teve nenhuma reação adversa ao imunizante. Os filhos dela, que são médicos, também receberam a dose.
No entanto, seu marido, ex-deputado federal Carlos Manato, não recebeu a vacina, pois não pratica a medicina há 18 anos.
Defensora da cloroquina
Membro da Comissão Externa de Enfrentamento a Covid-19, a parlamentar é apoiadora declara do presidente Jair Bolsonaro, defensora do tratamento precoce para doença, e já participou de reuniões com equipes do governo federal para obter mais hidroxicloroquina, cloroquina ou ivermectiva para o Espírito Santo.
Os medicamentos não têm eficácia comprovada contra a Covid-19 e médicos apontam efeitos colaterais graves a partir de seu uso.
Em agosto de 2020, Soraya Manato foi questionada após dizer em sessão na Câmara dos Deputados que teve acesso ao laudo médico da menina de 10 anos que engravidou após ser estuprada no Espírito Santo.
Na época, a deputada negou ter sido a responsável por enviar o laudo a extremistas que pressionaram a família da criança a não realizar o aborto.