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Depoimento de caseiro enfraquece tese de esposa de policial que matou petista

Esposa de policial disse que ele fazia rondas no local do assassinato frequentemente, mas caseiro diz ter visto homem uma vez em 8 meses

atualizado

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Briga que levou à morte de morte de Marcelo Arruda
1 de 1 Briga que levou à morte de morte de Marcelo Arruda - Foto: Reprodução

O caseiro do clube social da Associação Recreativa e Esportiva Segurança Fisica de Itaipu (Aresf), onde o tesoureiro do PT Marcelo Arruda foi assassinado no último dia 9, recordou de apenas uma vez em que o policial penal federal Jorge Guaranho, autor do homicídio, realizava ronda no local – o que aconteceu há cerca de oito meses.

O depoimento enfraquece a tese apresentada pela esposa do bolsonarista Guaranho. Francielle Sales da Silva alegou que era comum o marido fazer rondas no local, onde viram a festa com temática do PT. O Metrópoles teve acesso à íntegra do processo.

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Jorge José da Rocha Guaranho gritou "aqui é Bolsonaro", quando chegou atirando em festa, diz testemunhas
Marcelo Arruda foi assassinado durante a festa de aniversário dele
Enterro de Marcelo Arruda
Ele foi morto por Jorge Guaranho, policial apoiador de Bolsonaro
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José Jorge Guaranho é apoiador de Bolsonaro

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Jorge José da Rocha Guaranho gritou "aqui é Bolsonaro", quando chegou atirando em festa, diz testemunhas

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Marcelo Arruda foi assassinado durante a festa de aniversário dele

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Enterro de Marcelo Arruda

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Ele foi morto por Jorge Guaranho, policial apoiador de Bolsonaro

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Os diretores da associação confirmaram aos investigadores que a realização de “rondas” são comuns, com o objetivo de “minimizar o risco de ocorrência de furtos ou roubos”. Nenhum deles soube informar, contudo, qual a frequência ou a última vez que Guaranho realizou o procedimento.

O presidente do clube, Antonio Marcos Borges de Souza, indicou que o caseiro poderia informar se o policial penal costumava realizar as rondas pelo local nos últimos dias.

O referido caseiro se chama Elianai Figueiredo. “Indagado se era comum os sócios do clube realizarem ‘rondas’ pela associação, disse que sim, que isso era um costume dos associados e que se recorda de apenas uma ocasião, há cerca de 8 meses, em que o indivíduo do carro branco (Jorge) realizou uma dessas rondas”, diz trecho do depoimento do caseiro.

Jorge Guaranho era secretário da Aresf, mas se desligou da diretoria em dezembro do ano passado, segundo os colegas.

“A questão da ronda já foi esclarecida. Ele não fazia ronda. Foi ao local por ter visto, de alguma forma, as imagens ao vivo. Foi lá porque viu a decoração do tema do PT”, rebateu o advogado Ian Vargas, que defende a família de Arruda, na tarde dessa segunda-feira (18/7).

O Metrópoles não conseguiu localizar a defesa de Guaranho. O espaço segue aberto.

Antes do assassinato, o policial penal federal participava de um churrasco em outro clube quando assistiu às cenas da festa de Arruda.

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Indiciamento

Jorge José da Rocha Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e por causar perigo comum. Segundo testemunhas, o assassino teria gritado “Aqui é bolsonaro” ao invadir a festa da vítima, que comemorava 50 anos com temática do Partido dos Trabalhadores (PT).

Segundo a delegada Camila Cecconello, “não há provas de que foi um crime de ódio pelo fato de a vítima ser petista”.

A briga teria começado por questões políticas, mas, para a polícia, a escalada da violência virou um assunto pessoal. O assassino teria decidido voltar à festa por ter se sentido humilhado pela vítima.

“Não podemos dizer que o autor voltou lá porque ele queria cessar os direitos políticos ou atentar contra os direitos políticos daquela pessoa. Concluímos que foi algo que acabou se tornando pessoal entre duas pessoas que discutiram, claro, por motivações políticas”.

A informação foi divulgada nessa sexta-feira (15/7) durante entrevista coletiva da Secretaria de Segurança Pública do Paraná e da Polícia Civil.

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