metropoles.com

Depoimento à PF: Aras diz que Bolsonaro tem direito de “permanecer calado”

O presidente desistiu de se manifestar sobre as acusações feitas por Sergio Moro de que o chefe do Executivo queria interferir na corporação

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
André Borges/Especial para o Metrópoles
Jair Bolsonaro e Augusto Aras
1 de 1 Jair Bolsonaro e Augusto Aras - Foto: André Borges/Especial para o Metrópoles

O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu nesta quinta-feira (3/12) o direito do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de “permanecer calado” sobre o depoimento no inquérito em que é investigado por suposta interferência política na Polícia Federal.

A Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou a decisão na última quinta-feira (26/11) e levou o ministro Alexandre de Moraes a pedir um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o caso.

Veja a íntegra do documento:

Aras by Metropoles on Scribd

“Inexiste razão para se opor à opção do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, de não ser interrogado nos presentes autos, seja por escrito, seja presencialmente. Na qualidade de investigado, ele está exercendo, legitimamente, o direito de permanecer calado”, anotou Aras. “Há de ser respeitada, pois, a escolha da autoridade investigada, que intenta exercer o seu direito ao silêncio, constitucionalmente garantido”.

O PGR cita que o próprio Supremo, ao proibir a condução coercitiva, entendeu que a legislação “prevê o direito de ausência do investigado ou acusado ao interrogatório”. A manifestação foi enviada a Moraes, que deverá decidir sobre a desistência da oitiva do presidente.

O depoimento de Bolsonaro é a única etapa que falta para a conclusão dos investigadores. Assim que for finalizado, o relatório da PF será enviado à PGR, a quem cabe decidir se há provas suficientes para a apresentação de denúncia contra Bolsonaro.

As investigações apuram acusações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, sobre suposta interferência indevida de Bolsonaro para trocar o comando da PF.

Em abril, o ex-juiz da Lava Jato deixou o governo após pressão do Planalto para substituir o então diretor geral da corporação, Maurício Valeixo, pelo diretor da Abin, Alexandre Ramagem, um nome próximo à família presidencial.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?