Denúncia de agressão contra Joice Hasselmann será encaminhada ao MPF
Promotora afirmou ao Metrópoles que o caso será levado para o MPF, ao MP-DF e também à presidência da Câmara dos Deputados
atualizado
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A promotora Gabriela Manssur, coordenadora da Ouvidoria da Mulher no Conselho Nacional do Ministério Público, afirmou em entrevista ao Metrópoles neste sábado (24/7) que a denúncia de agressão sofrida pela deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) será encaminhada ao Ministério Publico Federal, ao Ministério Público do Distrito Federal e também à Câmara dos Deputados.
Manssur recebeu na noite da última sexta-feira o depoimento da deputada, que afirma ter sido vítima de violência enquanto estava em sua própria casa. A parlamentar se recupera de cinco fraturas no rosto e uma na costela, além de alguns cortes pelo corpo. Ela estava assistindo a uma série em sua cama, no apartamento funcional que usa em Brasília, na noite do último sábado (17/7), quando “apagou” e só acordou 7 horas depois, sobre uma poça de sangue, sem se lembrar do que tinha acontecido.
“Como ela é uma autoridade, uma Deputada Federal, nós vamos encaminhar (a denúncia) para o Ministério Público Federal. Vamos encaminhar também para o Ministério Público do Distrito Federal que é o Ministério Público do local dos fatos, e também para a presidência da Câmara dos Deputados, de onde ela faz parte”, afirmou a promotora Gabriela Manssur.
A Ouvidoria da Mulher foi criada em maio do ano passado, em meio a pandemia provocada pelo novo coronavírus. O canal é especializado no recebimento de denúncias de violência contra a mulher. No primeiro ano de funcionamento, o órgão recebeu 880 denúncias do tipo.
Ainda segundo a promotoria, Joice acredita ter sofrido um atentado político: “Ela é uma mulher que sofreu uma violência. Qual o tipo de violência que ela sofreu? Nem ela sabe. Ela entende que pode ter sido um atentado político. Os fatos vão ser apurados. A manifestação dela será encaminhada para as autoridades competentes para apuração dos fatos”, afirmou Manssur.
Ao Metrópoles, Joice reafirmou que acredita ter sofrido violência por razões políticas e que possui dois suspeitos da ação.
“Eu não tenho dúvida [que o suposto atentando tenha motivações políticas]. Não consigo ver outra possibilidade. Se alguém quisesse ter entrado para roubar, teria roubado. Minha bolsa estava à disposição, em uma cadeira no meu quarto; tinham algumas joias em cima do criado-mudo; tinha um computador meu, bem caro, que vale mais de R$ 20 mil também”, relembra.