1 de 1 Vacinação contra a dengue no Distrito Federal
- Foto: <p>Hugo Barreto/Metrópoles<br />
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O Ministério da Saúde informou, nesta sexta-feira (9/2), que espera fazer a cobertura total da vacina contra a dengue, nos 521 municípios, do grupo prioritário (crianças de 10 a 11 anos), até fim de março.
A declaração foi dada durante entrevista com jornalistas pela secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel.
A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte
Joao Paulo Burini/Getty Images
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
Joao Paulo Burini/ Getty Images
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas
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O recorte, que antes contemplaria crianças de 10 a 14, precisou ser modificado devido à quantidade baixa de imunizantes disponibilizados pelo fabricante.
Dessa forma, com o recebimento de mais lotes, o ministério pretende aumentar gradativamente a cobertura, por idade, e o grupo prioritário.
A pasta da Saúde recebeu o lote inicial de vacinas, com 712 mil doses, na terça-feira (6/2) e já fizeram as primeiras remessas nessa quinta-feira (8/2) ao Distrito Federal e Goiás.
De acordo com o ministério, o lote também contemplará 315 municípios dos seguintes estados: Bahia, Acre, Paraíba, Acre, Paraíba, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Amazonas, São Paulo e Maranhão. O envio para os demais está previsto para acontecer nos próximos dias.
Maciel reforça que o cronograma deve ser seguido à risca devido ao número de doses, que, segundo ela, são “contadas”. “Porque se fizermos qualquer coisa fora do que está planejado, isso pode causar um problema em toda nossa operação”.
O Ministério da Saúde estima que os casos de dengue no Brasil podem chegar a 4,2 milhões. Desta forma, a pasta reforça a necessidade de manter os cuidados contra a proliferação do mosquito.
Para a secretária de Vigilância em Saúde, o início da campanha de vacinação contra a doença é “uma vitória da ciência”.
“É uma vitória da ciência. Nós que trabalhamos com a doenças infecciosas estamos celebrando muito esse dia, com a primeira dose da vacina em um sistema público do mundo”, afirmou a secretária de Vigilância em Saúde.