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Dengue: “Não é uma doença para ficarmos desestruturados”, diz Nísia

Início do ano é marcado pelo surto de dengue no país. A ministra Nísia Trindade participou da abertura do Centro de Emergência

atualizado

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Mosquito da dengue repousa sobre dedo de pele cor branca
1 de 1 Mosquito da dengue repousa sobre dedo de pele cor branca - Foto: null

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou da abertura do Centro de Operações de Emergências (COE Arboviroses), neste sábado (3/2), e defendeu que o sistema público de saúde tem condições de combater a dengue.

Nas primeiras semanas de 2024, o país registrou 262.247 casos prováveis de dengue, 29 óbitos confirmados e 173 mortes em investigação. Distrito Federal, Acre e Minas Gerais são as unidades da federação com a maior incidência de casos da doença a cada 100 mil habitantes.

Diante da situação de emergência em alguns municípios, o governo federal instalou o COE com o objetivo de ampliar as ações de combate à doença.

“O SUS tem condições. Já existe um conhecimento estabelecido para salvar vidas. Aqueles casos que temos verificado o agravamento, podemos agir. Temos como agir”, afirmou a ministra.

“Não é uma doença para ficarmos desestruturados, nem desorganizados. Ao contrário. É uma doença que nos leva a uma maior mobilização e maior organização e, para isso, o sistema de saúde é fundamental”, defendeu Nísia.

A portaria que institui o COE foi publicada nessa sexta-feira (2/2). Segundo a pasta, o COE vai permitir uma maior agilidade no monitoramento e análise do cenário da dengue para enfrentar o avanço da doença no país.

De acordo com o ministério, serão divulgados informes diários, semanais e mensais para manter a população, profissionais de saúde e gestores informados.

Além disso, a articulação promete agilizar a distribuição de testes para identificação da doença e facilitar a disponibilização de materiais.

As ações de enfrentamento serão coordenadas pelo Ministério da Saúde, em conjunto com estados e municípios. O centro terá membros de diversas secretarias da pasta de Nísia e de órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e dos Conselhos Nacionais de Secretários (Conass) e Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Ampliação da vacinação

Durante o lançamento do COE, a ministra da Saúde anunciou uma parceria com o Instituto Butantan e a Fiocruz para ampliar a oferta de doses da vacina contra a dengue. Nísia defendeu, no entanto, que a medida não vai impactar o surto atual da doença.

Isso porque o imunizante, a Qdenga, que será distribuído na rede pública é aplicado em duas doses, com intervalo de três meses cada.

“Nesse momento, as vacinas são muito importantes porque elas são o início de uma vacinação que não vai ter efeito para esse surto de agora. Elas significam o início de um processo e todo o nosso esforço vai ser para ampliar essa oferta. Mas não terá impacto nesse surto”, destacou a ministra.

“A vacina não é uma solução para este momento. É uma vacina em duas doses com o intervalo de três meses. Temos que fazer aquilo que o Brasil já fez. Ações de combate a focos dos mosquitos, que é responsabilidades de todos nós e também as ações de cuidado”, pontuou.

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