Dengue: governo anuncia criação de Centro de Operações de Emergências
Segundo a ministra Nísia Trindade, a medida permite que o governo atue de forma mais ágil para organizar estratégias para combater a dengue
atualizado
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O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, anunciou, nesta quinta-feira (1º/2), a criação de um Centro de Operações de Emergências (COE Arboviroses) para combater o surto de dengue no país.
Segundo a ministra Nísia Trindade, a medida permite que o governo atue de forma mais ágil para organizar o sistema de saúde e ações de vigilância sanitária de forma coordenada com estados e municípios.
“É uma mensagem de mobilização nacional. De um Brasil unido contra a dengue. Um chamamento público para a união de todo o país neste momento para proteger a população e prevenir, pois sabemos que mais de 75% dos focos do mosquito se encontram nas casas”, explicou a ministra.
Um balanço sobre o cenário da dengue no país, divulgado nessa terça (30/1) pelo Ministério da Saúde, mostra que nas primeiras semanas de 2024 houve 217.841 casos prováveis da doença. Até o momento, 15 mortes foram confirmadas e 149 estão sob investigação.
A primeira remessa com cerca de 757 mil doses de vacina contra a dengue chegou ao Brasil em 20 de janeiro. Outra remessa, com mais de 568 mil doses, tem entrega prevista para fevereiro. Além do primeiro lote de 1,3 milhão de imunizantes, a pasta comprou 5,2 milhões de doses para 2024.
“A vacina é nossa esperança para um futuro sem dengue, mas hoje não é o instrumento de maior impacto. Temos que, principalmente, prevenir e cuidar: fazer o controle dos focos do mosquito em nossas casas e cuidar de quem adoece. Contamos com todas e todos nessa campanha”, disse Nísia.
A vacina será aplicada na população prioritária de regiões endêmicas, em 521 municípios, ainda em fevereiro.
COE da dengue
Conforme a pasta, o objetivo da instalação de um centro de operações é elaborar estratégias de controle e redução de casos graves e óbitos provocados pela dengue.
Desta forma, o governo federal passa a monitorar a situação para, assim, orientar a execução de ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistência e controle de vetores. Todo o planejamento é feito em conjunto com estados e municípios.
“O COE reforça a nossa capacidade de mobilização, não só das ações de vigilância, mas a rede de atenção. Também reforça a presença de outros ministérios, como no caso do combate à questão de focos em pneus, terrenos abandonados, então isso requer uma grande mobilização. O COE significa um estágio de mais estruturação para situações de emergência e para nos antecipar a locais em que novas emergências possam surgir”, resumiu a ministra.