1 de 1 Mosquito da dengue - Metrópoles
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O Brasil registrou 1.684.781 casos prováveis de dengue em 2024, marca que supera o volume contabilizado em todo o ano passado. A informação consta na atualização desta sexta-feira (15/3) do Painel de Monitoramento das Arboviroses, que é abastecido por dados do Ministério da Saúde.
Somados os 12 meses de 2023, foram registrados 1.658.814 casos prováveis de dengue no Brasil.
Até o momento, o país contabilizou 513 óbitos por dengue e outros 903 ainda sob investigação. O painel indica também que o coeficiente de incidência da doença no país é de 829,7 casos prováveis para cada 100 mil habitantes.
A unidade da Federação com maior taxa de incidência por número de habitantes é o Distrito Federal, que contabilizou 142 mil casos somente neste ano, com incidência de 5.043,8 infecções a cada 100 mil habitantes.
Dengue em alta
No final do mês de fevereiro, o Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de casos prováveis de dengue. Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o alto volume de casos tem relação com fatores como as mudanças climáticas e circulação de mais de um sorotipo do vírus.
A dengue é um doença infecciosa febril aguda transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti. O Ministério da Saúde estima que cerca de 75% dos focos do vetor da dengue estejam nos domicílios. Confira algumas instruções da pasta para diminuir a proliferação:
mantenha a caixa-d’água bem fechada;
receba bem os agentes da saúde e os de endemias;
amarre bem os sacos de lixo;
coloque areia nos vasos de planta;
guarde pneus em locais cobertos;
limpe bem as calhas de casa; e
não acumule sucata e entulho.
O Ministério da Saúde também tem realizado a distribuição das vacinas contra a dengue para municípios selecionados, para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. O esquema vacinal será composto por duas doses, com intervalo de três meses entre cada uma delas.
As doses foram enviadas para Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Acre, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Norte e Amazonas.
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas