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Dengue: 2024 bate recorde e número de casos supera os últimos 20 anos

Este é o maior número da série histórica iniciada em 2000. Este ano, o país já contabilizou 561 óbitos por dengue

atualizado

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Mosquito da dengue repousa sobre dedo de pele cor branca
1 de 1 Mosquito da dengue repousa sobre dedo de pele cor branca - Foto: null

O Brasil registrou, nesta segunda-feira (18/3), a marca de 1.889.206 casos prováveis de dengue em 2024. O valor representa um recorde, já que, em mais de 20 anos, o país não registrava tantos casos de dengue em um só ano. A informação provém de levantamento do Metrópoles, com base em dados do Ministério da Saúde.

O número é ainda mais preocupante, pois, já em março, o volume atingido é superior ao dos 12 meses dos anos anteriores.

Até então, em uma série histórica iniciada no ano de 2000, o recorde era de 2015, quando o país contabilizou 1.688.688 casos prováveis de dengue durante todo o ano.

O somatório de casos deste ano, segundo o Ministério da Saúde, apresenta um volume anormal em comparação às últimas décadas. Nesse sentido, a pasta avalia que 2024 deve ter, no mínimo, o dobro de registros de 2023. No ano passado, o país somou 1.658.814 casos prováveis de dengue.

Este ano, o país já contabilizou 561 óbitos por dengue e outros 1.020 ainda sob investigação. O Painel de Monitoramento das Arboviroses indica também que o coeficiente de incidência da doença no país é de 930,4 casos prováveis para cada 100 mil habitantes.

A unidade da Federação com maior taxa de incidência por número de habitantes segue sendo o Distrito Federal, que contabilizou 157 mil casos somente neste ano, com incidência de 5.582 infecções a cada 100 mil habitantes.

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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses 
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte

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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias

Joao Paulo Burini/ Getty Images
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos

Joao Paulo Burini/ Getty Images
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes

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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos

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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte

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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue

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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão

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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada

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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas

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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas

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Dengue em alta

No fim do mês de fevereiro, o Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de casos prováveis de dengue. Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o alto volume de casos tem relação com fatores como as mudanças climáticas e a circulação de mais de um sorotipo do vírus.

A dengue é um doença infecciosa febril aguda transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti. O Ministério da Saúde estima que cerca de 75% dos focos do vetor da dengue estejam nos domicílios. Confira algumas instruções da pasta para diminuir a proliferação:

  • mantenha a caixa-d’água bem fechada;
  • receba bem os agentes da saúde e os de endemias;
  • amarre bem os sacos de lixo;
  • coloque areia nos vasos de planta;
  • guarde pneus em locais cobertos;
  • limpe bem as calhas de casa; e
  • não acumule sucata e entulho.

O Ministério da Saúde também tem realizado a distribuição das vacinas contra a dengue para municípios selecionados, direcionadas a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. O esquema vacinal será composto por duas doses, com intervalo de três meses entre cada uma delas.

As doses foram enviadas para as seguintes unidades federativas: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Acre, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Norte e Amazonas.

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