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Demitido por Lewandowski: quem é o policial que matou tesoureiro do PT

O policial penal Jorge José da Rocha Guaranho se define nas redes sociais como policial penal federal, conservador e cristão

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Jorge José da Rocha Guaranho, acusado de matar tesoureiro petista
1 de 1 Jorge José da Rocha Guaranho, acusado de matar tesoureiro petista - Foto: Reprodução/Redes sociais

Por meio das redes sociais, Jorge José da Rocha Guaranho, se define em seu texto de apresentação no X, antigo Twitter, como policial penal federal, conservador e cristão. Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, ele foi demitido, nessa terça-feira (19/3), pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.

Guaranho é acusado de assassinar o guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Marcelo Arruda. O petista morreu após ser baleado pelo policial, em julho de 2022, durante a própria festa de aniversário, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Na ocasião, a vítima chegou a ser socorrida e levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

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Jorge José da Rocha Guaranho, suspeito de matar guarda muncipial petista em Foz do Iguaçu
Eduardo Bolsonaro e Jorge da Rocha Guaranho
José Jorge Guaranho é apoiador de Bolsonaro
Jorge José da Rocha Guaranho gritou "aqui é Bolsonaro", quando chegou atirando em festa, diz testemunhas
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Jorge José da Rocha Guaranho, policial penal acusado de matar o petista Marcelo Arruda

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Jorge José da Rocha Guaranho, suspeito de matar guarda muncipial petista em Foz do Iguaçu

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Jorge José da Rocha Guaranho gritou "aqui é Bolsonaro", quando chegou atirando em festa, diz testemunhas

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O julgamento do caso por meio de um júri popular está marcado para o próximo 9 de abril.

Bolsonarista

Guaranho sempre manifestou apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e família. Nas redes sociais, as publicações tratavam principalmente sobre o tema e, eventualmente, o policial, também compartilhava conteúdos sobre futebol.

Em publicação junho de 2021, Guaranho aparece ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do presidente. Em 2020, postou foto em uma piscina, fazendo o sinal de armas de fogo com as mãos, gesto associado ao ex-presidente.

Guaranho também se mostrou favorável ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. “Orgulho do cacete desse presidente! China deveria ser condenada a pagar os gastos de todos os países que sofreram nesta crise. Assim como países que começaram guerras!”, escreveu ao comentar uma notícia de Trump iria suspender repasses para a OMS no auge da pandemia.

Ofensa a militares

De acordo com informações da CNN, Guaranho também esteve envolvido em um caso de ofensa a policiais militares, que tramitou sob segredo de Justiça no Paraná. As últimas movimentações mostram que o caso foi arquivado. Uma das pessoas que participaram da ocorrência à época contou que “Jorge estava tão alcoolizado que mal parava em pé”.

O caso aconteceu em 2018, e o policial penal chegou a ser preso, após ofender policiais militares do Rio de Janeiro. Na ocasião, ele estaria embriagado e teria se apresentado como policial federal.

De acordo com o boletim de ocorrência, registrado em 24 de junho de 2018, policiais militares foram acionados para verificar uma ocorrência na cidade de Guapimirim, região metropolitana do Rio de Janeiro. Antes de chegarem ao endereço onde ocorria uma festa, eles foram surpreendidos por Jorge José, que avançou contra os militares e, ao se apresentar como policial federal, mandou que todos fossem embora do local.

Infrações disciplinares

A demissão de Guaranho foi anunciada nessa terça-feira (19/3). De acordo com o ministério, a pena de demissão do policial se deu no âmbito de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado para apurar a atuação do agente. Ele era servidor da penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná.

Guaranho foi demitido pelas seguintes infrações disciplinares:

  • uso de recurso material da repartição em atividade particular;
  • prática de ato de improbidade administrativa; e
  • incontinência pública.

Segundo o ministério, Lewandowski considerou que a conduta violenta e ofensiva à vida é incompatível com a moralidade administrativa, além de afrontar gravemente os valores institucionais da atividade policial.

Também foi considerado na decisão o fato de que Guaranho usou a arma profissional para cometer o crime.

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