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Delivery de restaurantes é suspenso em Goiânia em protesto a lockdown

Estabelecimentos devem manter paralisação até esta quarta-feira (10/3). Proprietários alegam que estão sendo penalizados pelas restrições

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1 de 1 entregador de aplicativo de moto, em goiânia, goiás - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Goiânia – Donos de bares e restaurantes de Goiânia (GO), revoltados com as medidas restritivas adotadas na cidade, por causa da pandemia da Covid-19, decidiram paralisar as entregas feitas por aplicativos de delivery, a partir desta terça-feira (9/3). O movimento já atraiu pelo menos 100 estabelecimentos, que vão manter a paralisação, a princípio, até esta quarta-feira (10/3).

Os proprietários alegam que é impossível para eles seguirem mantendo o funcionamento das respectivas empresas, apenas, com as vendas feitas por meio dos aplicativos. Até o último fim de semana, o decreto municipal permitia ainda que clientes fossem, presencialmente, até os bares e restaurantes para buscar as refeições.

A atualização divulgada no domingo (7/3) e que passou a valer nessa segunda-feira (8/3) já não permite mais a venda nos locais. Com isso, a arrecadação dos estabelecimentos ficaria restrita às vendas feitas on-line, ou seja, pelos aplicativos de entrega.

O movimento foi organizado pelo Sindicato dos Bares e Restaurantes de Goiânia (Sindibares) e pela seccional goiana da Associação Brasileira dos Bares e Restaurantes (Abrasel). No início, um total de 50 estabelecimentos aderiram ao protesto, mas, assim que outros tomaram conhecimento da ação, o número aumentou rapidamente e segue aumentando.

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Proprietários de bares e restaurantes de Goiânia dizem que as vendas por aplicativos são insuficientes para manter o funcionamento dos estabelecimentos
As duas empresas dominam a logística de entregas no Brasil e no DF
Rogério Cruz foi diagnosticado com Covid-19 pela terceira vez
Prefeitos da região metropolitana de Goiânia decidiram pelo fechamento do comércio por duas semanas
Taxa de ocupação de leitos destinados para Covid continua alta
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"Estamos sendo penalizados e sofrendo há um ano já", diz Danillo Ramos, proprietário do Piry Bar e Restaurante

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Proprietários de bares e restaurantes de Goiânia dizem que as vendas por aplicativos são insuficientes para manter o funcionamento dos estabelecimentos

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As duas empresas dominam a logística de entregas no Brasil e no DF

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Rogério Cruz foi diagnosticado com Covid-19 pela terceira vez

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Prefeitos da região metropolitana de Goiânia decidiram pelo fechamento do comércio por duas semanas

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Taxa de ocupação de leitos destinados para Covid continua alta

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Paciente com Covid-19 chega para ser atendido em Goiânia

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Revolta

A revolta, basicamente, é motivada pela maneira como o setor tem sido atingido pelas decisões do poder público. O empresário Danillo Ramos, dono do Piry Bar e Restaurante, que funciona desde 1978, alega que já faz um ano que o setor sofre com as  “graves restrições ao funcionamento”.

“Agora, nem vender na porta do estabelecimento, nós podemos vender. Nós que cumprimos com o distanciamento, que somos restaurantes e bares responsáveis, que não estamos gerando aglomerações e gerando um ambiente seguro, estamos sendo penalizados pelo poder público, pela sua incompetência e falta de habilidade em gerir o problema da pandemia”, diz ele.

Manutenção do comércio fechado

Os prefeitos de Goiânia e região metropolitana decidiram, em reunião emergencial, no dia 26 de fevereiro pela adoção de medidas mais restritivas, diante do avanço da pandemia e da elevada ocupação de leitos de UTI. A rede municipal de Goiânia opera com 99% de ocupação desde o sábado (6/3).

Os primeiros decreto estipularam regras para um prazo de sete dias, com o compromisso de reavaliação, após esse período. Em nova reunião, no último fim de semana, foram mantidas as restrições, com alterações mais incisivas em alguns casos.

Para os bares, fica proibida a venda presencial. No transporte público, só é permitida a viagem de passageiros sentados. Nos supermercados, só está autorizada a entrada de um integrante do núcleo familiar por vez. E a promessa era de que a fiscalização seria aumentada nas ruas da cidade.

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