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Delgatti depõe de novo à PF nesta sexta após revelações feitas à CPI do 8/1

Os investigadores da PF solicitaram novo depoimento de Delgatti após hacker implicar Bolsonaro durante audiência na CPI dos atos golpistas

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CPMI do 8 de Janeiro ouve Walter Delgatti Neto, o Hacker da Vaza Jato - Metrópoles
1 de 1 CPMI do 8 de Janeiro ouve Walter Delgatti Neto, o Hacker da Vaza Jato - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O hacker Walter Delgatti Neto volta a ser ouvido pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (18/8). O depoimento está marcado para as 9h, na sede da corporação, em Brasília. A convocação para a oitiva ocorreu após contradições entre o depoimento de quarta (16/8) à própria PF e o dessa quinta (17) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Além disso, Delgatti precisará esclarecer desdobramentos apurados pela PF nos últimos dias. Com a convocação, o hacker da Vaza Jato passa mais uma noite em Brasília, na Superintendência da PF. Ele voltaria para a prisão em Araraquara (SP), mas o retorno foi adiado.

Delgatti foi convocado a depor na PF após dizer à CPI dos atos golpistas que a ordem para invadir os sistemas digitais do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) teria partido da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e de Bolsonaro. O hacker também disse que Bolsonaro teria ofertado a ele indulto similar ao que concedeu a Daniel Silveira (PTB), caso ele tivesse algum problema com a Justiça. Cabe lembrar que o indulto de Bolsonaro à Silveira foi considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Grampo contra Moraes

Questionado a respeito de quem pediu para ele assumir a autoria do suposto grampo contra o ministro Alexandre de Moraes e sobre quem o convidou para fazer propaganda eleitoral a fim de sugerir ao povo uma suposta fraude no sistema eleitoral, Delgatti respondeu: Bolsonaro.

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Assessor de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, e hacker Walter Delgatti
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Walter Delgatti depõe na CPMI do 8/1

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Ainda nas indagações sobre quem o encaminhou ao Ministério da Defesa para elaborar questionamentos ao TSE sobre o sistema de votação e sobre quem teria dito que, se Delgatti cometesse um ilícito, seria perdoado e receberia um indulto, o hacker voltou a dizer: “Bolsonaro”.

Logo após a audiência com as contradições que fizeram Delgatti ser convocado para novo depoimento, a defesa de Bolsonaro declarou que vai entrar com uma queixa-crime no STF por “calúnia”.

“Considerando as informações prestadas publicamente pelo depoente Sr. Walter Delgatti Neto perante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito na presente data, a defesa do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, informa que adotará as medidas judiciais cabíveis em face do depoente, que apresentou informações e alegações falsas, totalmente desprovidas de qualquer tipo de prova, inclusive cometendo, em tese, o crime de calúnia”, afirmou a defesa do ex-presidente.

Código-fonte fake

Em depoimento à CPI, Delgatti também afirmou que Bolsonaro pediu para ele criar um “código-fonte fake” e simular falhas em uma urna eletrônica. A ação seria feita durante um ato em 7 de setembro de 2022.

O hacker também afirmou que Bolsonaro ofereceu um indulto caso Delgatti fosse incriminado pelo crime. Além disso, o ex-presidente teria mencionado um grampo contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que estaria sob posse do governo. Bolsonaro também teria pedido que Delgatti assumisse a autoria do grampo.

Investigações

O hacker é investigado pela suposta inserção de dados falsos sobre o ministro Alexandre de Moraes, do STF, no Banco Nacional de Mandados de Prisões do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Investigações apontam que Delgatti teria sido contratado pela deputada federal Zambelli, ligada ao ex-presidente, para prestar os serviços, que teriam o objetivo de beneficiar Bolsonaro durante as eleições de 2022.

A parlamentar também teria articulado um encontro entre o então presidente e o hacker, em agosto do ano passado. Na ocasião, Bolsonaro o teria questionado sobre a possibilidade de violar as urnas eletrônicas.

Além de confirmar essas versões, já apresentadas anteriormente, o hacker subiu a temperatura da fervura para Zambelli. Ele apresentou à PF cópia de uma conversa com assessores da deputada federal em que fica comprovado o pagamento em torno de R$ 40 mil a Delgatti.

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