Delegados, inspetor, PMs: veja quem são os alvos da Operação Calígula
Ministério Público aponta “dezenas, senão centenas ou milhares” de homicídios ligados a esquema de jogos de azar com apoio de policiais
atualizado
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A Operação Calígula, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), deflagrada nesta terça-feira (10/5) é baseada em investigação sobre um grande esquema de jogos de azar liderado por Rogério de Andrade.
Segundo a denúncia do MP, o grupo criminoso tem duas características principais: envolvimento com agentes da segurança pública para manter a atividade criminosa e uso de violência contra desafetos e concorrentes.
Na denúncia, o MP fala de “dezenas, senão centenas ou milhares” de homicídios ligados ao grupo criminoso de Rogério de Andrade.
Ao todo, 29 pessoas foram denunciadas por organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Veja quem são os principais alvos da operação:
Rogério de Andrade
Apontado como líder da organização criminosa na operação de 2022, se tornou suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco. Sobrinho de Castor de Andrade, conhecido bicheiro do Rio nos anos 1980, de quem era parceiro.
Já foi considerado suspeito por dois homicídios relacionados aos jogos de azar: o do tio, Paulo Roberto de Andrade, assassinado em 1998, e de Fernando Iggnácio, genro de Castor de Andrade, executado em 2020.
Em 2010, Rogério sofreu um atentado de granada na Barra da Tijuca. Ele sobreviveu, mas um dos filhos, então com 17 anos, morreu.
Gustavo de Andrade: filho de Rogério e segundo nome na hierarquia do grupo de contraventores.
Adriana Belém: delegada, ex-titular da delegacia da Barra da Tijuca. Investigadores encontraram quase R$ 2 milhões em espécie na casa dela, o que levanta o indício de lavagem de dinheiro. Ela é investigada por acobertar os contraventores. Já foi candidata a vereadora, mas perdeu.
Jorge Luiz Camillo: inspetor de polícia, braço direito da delegada Adriana Belém.
Marcos Cipriano: delegado suspeito de relação com executor de Marielle e de intermediar negociações que beneficiam a contravenção.
Ronnie Lessa: policial aposentado suspeito de matar a vereadora Marielle Franco em 2018. Teria relação de subordinação com o delegado Marcos Cipriano dentro do esquema criminoso.
Márcio Araújo de Souza e Daniel Rodrigues Pinheiro: policiais militares que fariam parte do esquema. Daniel era chefe direto da segurança de Rogério de Andrade.
Carlos Alexandre Andrade Pires da Silva: primo de Rogério, responsável pela estratégia na tomada de territórios.
Márcio Garcia da Silva: responsável pela parte da produtividade financeira, apelido de Mug.
Jeferson Tepedino Carvalho: conhecido como Feijão, era gestor de casas de jogos.
Amaury Lopes Junior: chamado de Magrão ou Amaury Branca, seria o responsável pela interlocução com a Polícia Civil.
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