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Delegados da PF condenam ataque de Jefferson: “Totalmente inaceitável˜

Através de nota de repúdio, a Associação de Delegados da Polícia Federal do DF, se manifestou sobre ataque sofrido pela Polícia Federal

atualizado

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Roberto Jefferson
1 de 1 Roberto Jefferson - Foto: Reprodução

A Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal (ADPF) se pronunciou, através de nota de repúdio, sobre o ataque do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) à agentes da Polícia Federal do Rio de Janeiro. Cumprindo regime domiciliar, Jefferson resistiu à mandado de prisão, expedido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, e atacou policiais com tiros e granada, neste domingo (23/10).

Em nota, a associação alegou que é “totalmente inaceitável qualquer tipo de violência contra policiais federais, em especial no cumprimento do dever legal estabelecido pela Constituição Federal”. Outras autoridades públicas também se pronunciaram sobre o episódio.

Durante o ataque, dois agentes federais foram feridos: o delegado Marcelo Vilella, que teria sido atingido na cabeça e na perna; e a policial Karina Lino Miranda de Oliveira, que foi ferida na cabeça por estilhaços de uma granada supostamente arremessada pelo ex-deputado.

Informações ainda afirmam que Jefferson também teria atirado com um fuzil caibre 556 em direção à viatura da PF que estava parada em frente à sua propriedade.

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Roberto Jefferson, dirigente do PTB
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Ex-deputado Roberto Jefferson

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
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Roberto Jefferson, dirigente do PTB

Twitter/Reprodução

Leia a nota da Associação dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) na íntegra:

A Associação dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) repudia veementemente o ataque sofrido por policiais federais durante o cumprimento de mandado de prisão, neste domingo (23/10), na casa do ex-deputado Roberto Jefferson, no município de Levy Gasparian, no Rio de Janeiro.

É totalmente inaceitável qualquer tipo de violência contra policiais federais, em especial no cumprimento do dever legal estabelecido pela Constituição Federal.

A ADPF estima pela pronta recuperação dos policiais federais vítimas desse absurdo atentado. Os Delegados Federais vão acompanhar vigilantes o desdobramento dos fatos e exigirão uma rigorosa punição ao responsável pelas agressões.

Além da ADPF, a Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF), também se pronunciou sobre os ataques sofridos pelos agentes da PF e reiterou o repúdio às ações do ex-deputado Roberto Jefferson.

“A reação violenta contra policiais é um atentado contra o próprio Estado e uma ofensa incomensurável à ordem jurídica. A inconformidade em face de decisões judiciais deve ser demonstrada no terreno adequado, que são os próprios autos, nos termos da Constituição Federal de 1988, e nunca, através do exercício arbitrário”, dizia o texto da FENAPEF enviado à imprensa.

A Federação ainda afirmou que acompanhará o caso de perto e prestará todo o apoio aos agentes feridos. A nota assinada pelo presidente da Federação, Marcus Firme dos Reis, também alegou que cobraria pela responsabilização do autor do crime pelos atos cometidos:

“Outrossim, a Federação Nacional dos Policiais Federais cobrará das autoridades competentes a rigorosa apuração dos fatos até a efetiva responsabilização criminal do autor pelas múltiplas tentativas de homicídio praticadas contra os integrantes da equipe no exercício da função policial”.

Ataque contra ministra

Na última semana, Roberto Jefferson publicou um vídeo em que atacou a ministra do STF Cármen Lúcia com xingamentos misóginos.

“Divergir você pode divergir do voto proferido. Agora, enxovalhar o autor do voto, isso implica ataque a instituição, a instituição é o Poder Judiciário. É ruim, é péssimo, revela que nós vivenciamos tempos estranhos”, disse ainda Marco Aurélio.

Ao xingar a ministra, Jefferson estava em prisão domiciliar, mas juristas avaliaram que o ataque à ministra foi crime de difamação, o que é quebra de cautelar, condenando o ex-deputado a voltar para o regime fechado.

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