Delegado sobre atirador em SP: “Executou plano que tinha na cabeça”
Segundo Hamilton Caviola Filho, o homem não entrou atirando na Catedral, mas estava sentado entre os fiéis quando levantou e começou o ato
atualizado
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O delegado do 1º Distrito Policial, Hamilton Caviola Filho, viu imagens do circuito de segurança dentro da Catedral de Campinas no momento em que o atirador Euler Fernando Grandolpho, 49 anos, disparou contra os fiéis presentes na igreja, matou quatro pessoas e se suicidou, nesta terça-feira (11/12). Caviola Filho estima pelo menos 20 disparos. Outras quatro pessoas ficaram feridas.
“Ele sentou a uns dez metros para a frente da porta. Ele não entrou atirando. Primeiro ele senta em um banco”, afirmou. De acordo com o delegado, logo após a entrada do atirador, três pessoas que ficaram no banco atrás dele foram as primeiras a serem atingidas. Entre elas, uma morreu.
Segundo o delegado, o homem usou apenas uma arma, mas portava duas. A motivação do crime ainda não foi identificada pela corporação. “Motivação a gente só vai saber quando identificar, para saber o histórico dele. Eu estou me reportando às imagens. Ele [atirador] parou, pensou e executou o plano que tinha na cabeça […] Ele se matou, mas o policial deve ter alvejado ele porque estava com um tiro na costela, depois desse tiro ele caiu e se matou”, diz o delegado.
Vítimas
O delegado José Henrique Ventura, do Departamento de Polícia Judiciária (Deinter-2), afirmou que a maioria das vítimas atingidas pelos disparos na Catedral de Campinas é formada por idosos. De acordo com Ventura, o atirador usou duas das quatro munições nos assassinatos.
“A maioria idosos, pessoas inocentes, e ele acabou disparando contra todas essas pessoas. A cena é desesperadora, uma tragédia muito grande”, disse o guarda Alexandre Moraes.