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Caso Marielle: defesa pede a Moraes para PF ouvir delegado preso

Defesa pediu que PF realize depoimentos de suspeitos de envolvimento com morte de vereadora. Delegado não foi ouvido após mais de 30 dias

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Fernando Frazão/Agência Brasil
O chefe de Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa Caso Marielle - Metrópoles
1 de 1 O chefe de Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa Caso Marielle - Metrópoles - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Os advogados do delegado Rivaldo Barbosa, e da esposa dele, Erika Araújo, entraram com pedido ao ministro do STF Alexandre de Moraes para que o casal seja ouvido pela Polícia Federal (PF) em relação ao caso Marielle.

Rivaldo está preso desde o dia 24 de março por suspeita de ter participado das mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Torres, assassinados em março de 2018 no Rio de Janeiro (RJ).

Erika é acusada de ter sido uma espécie de “testa de ferro” para lavar o dinheiro que Rivaldo teria recebido, a fim de atrapalhar as investigações dos homicídios.

Em petição assinada no dia 25 de abril, os advogados Marcelo Ferreira e Felipe Dalleprane pontuam que havia uma decisão judicial para que os suspeitos do crime fossem ouvidos pela PF, mas que isso não foi cumprido após mais de 30 dias desde as prisões.

“Ainda não há nos autos notícias do cumprimento daquela determinação judicial”, escreveu a defesa em trecho da petição.

Mulher do delegado teria empresa de fachada

Para a PF, Érika era dona de uma empresa de fachada para lavar dinheiro de propina do marido delegado. No entanto, os advogados defendem que Érika é uma advogada e empresária com formação em gestão empresarial.

A defesa ainda sugere que sejam ouvidos os colaboradores e representantes da empresa para comprovar a legalidade do empreendimento.

Questionada pela reportagem sobre o prazo para realizar os depoimentos, a PF informou que não se manifesta sobre investigações em andamento.

Além de Rivaldo Barbosa, os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão foram presos na operação da PF de 24 de março. Eles são apontados como os mandantes do crime. As prisões foram autorizadas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

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