Delegado pede sigilo de inquérito que investiga tentativa de atentado no DF
Processo estava público no site do Tribunal de Justiça até a última terça. Delegado justificou sigilo por “sensibilidade dos fatos”
atualizado
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O delegado Jorge Teixeira de Lima, responsável pelo inquérito que investiga suspeitos de planejar um atentado com bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, solicitou nesta terça-feira (27/12) à Justiça, em caráter de urgência, que seja decretado o sigilo da investigação.
Em uma petição anexada ao processo que o Metrópoles teve acesso, o delegado justifica a necessidade de sigilo “diante da sensibilidade dos fatos investigados”.
Desde a prisão de George Washington na véspera de Natal, o auto de prisão em flagrante estava público no site do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF), permitindo o acesso a depoimentos e diligências policiais.
A reportagem verificou que esse acesso não é mais possível nesta quarta (28/12). A última movimentação pública, na terça, foi o envio do processo para a 8ª Vara Criminal de Brasília. Antes, o judiciário mudou a categoria do documento de auto de prisão em flagrante para inquérito policial.
Em resposta ao delegado, o promotor de Justiça Cláudio João Medeiros Miyagawa Freire se manifestou favorável ao sigilo.
“Os fatos são extremamente graves e o sigilo das investigações pode viabilizar a identificação de outros envolvidos”, escreveu. Em plantão, o judiciário aceitou o pedido do delegado pelo sigilo.
Terrorismo
George foi preso horas após a polícia recolher explosivos colocados em um caminhão-tanque próximo ao aeroporto de Brasília. Pelo menos outras duas pessoas são suspeitas de participar do plano de atentado terrorista no aeroporto para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Essas pessoas fazem parte de um acampamento no QG do Exército em protesto contra o resultado das urnas e a favor de uma intervenção federal no Brasil.