Delegado Maurício Demétrio é exonerado da PCRJ por fraude e propina
A exoneração do delegado foi publicada no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (16/12)
atualizado
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O delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro Maurício Demétrio foi demitido da corporação 11 meses após decisão judicial que determinava a exoneração dele. A determinação, assinada na sexta-feira (13/12) pelo governador Cláudio Castro (PL-RJ), consta no Diário Oficial do Estado desta segunda (16/12). Maurício está preso desde 2021.
Em janeiro deste ano, o juiz Bruno Monteiro Rulière, da 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Rio, determinou que Maurício Demétrio fosse condenado a quase 10 anos de prisão, por obstrução de Justiça, em regime fechado. Na mesma decisão, o magistrado também estabeleceu que o então delegado perdesse a função.
Decisão judicial
- Perda do cargo de delegado e de qualquer outra função, com demissão imediata;
- Condenação a 9 anos, 7 meses e 6 dias de prisão em regime fechado;
- Condenação a 52 dias-multa, totalizando R$ 367.120;
- Indeferimento do direito de recorrer em liberdade.
Operação Carta de Corso
Maurício Demétrio acabou preso durante a Operação Carta de Corso, acusado de comandar um esquema que exigia propina de lojistas da Rua Teresa, em Petrópolis (RJ), a fim de permitir a venda de roupas falsificadas.
A prisão do ex-delegado derivou das investigações iniciadas em 2019, a partir do depoimento de uma lojista de Petrópolis que se recusou a pagar propina de R$ 250 por semana.
Alguns dias após a revolta, a delegacia chefiada por Maurício fez uma operação na loja e apreendeu mais de 100 peças de roupas.
Demétrio, em janeiro deste ano, foi condenado por obstrução de Justiça, abuso de autoridade, denunciação caluniosa e fraude processual.