Delegado da PF que investigava Ricardo Salles perde cargo de chefia
Franco Perazzoni foi dispensado do comando da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros, mas seguirá conduzindo investigação
atualizado
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O delegado da Polícia Federal (PF) Franco Perazzoni, responsável pela investigação contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por participação em esquema de contrabando de produtos florestais, foi afastado do comando da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros, da PF no Distrito Federal, na última quinta-feira (17/6). Ele seguirá, porém, conduzindo as investigações que liderava anteriormente.
A dispensa já foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), e a decisão teria partido da superintendência da corporação no DF.
Foi a investigação feita comandada por Perazzoni que desencadeou a Operação Akuanduba, na qual é apontado o envolvimento de Salles em um suposto esquema de exportação ilegal de madeira e corrupção. O documento está no Supremo Tribunal Federal (STF) e o relator é o ministro Alexandre de Moraes.
Salles se defendeu da acusação alegando que a Akuanduba é “exagerada e desnecessária” e que Moraes foi “induzido ao erro” para autorizar a investigação.
Em abril, o delegado Alexandre Saraiva, que enviou notícia-crime ao STF contra Salles alegando suposto crime de obstrução de investigação ambiental, advocacia administrativa e organização criminosa, também foi retirado do cargo que ocupava na chefia da Superintendência da Polícia Federal no Amazonas. Ele foi transferido para a Delegacia da PF em Volta Redonda, no Rio de Janeiro.