Delator da Camargo Corrêa na Lava Jato ganha indulto
Preso preventivamente em novembro de 2014, Dalton Avancini foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por corrupção e lavagem de dinheiro
atualizado
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A juíza Carolina Moura Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, concedeu indulto a Dalton dos Santos Avancini, ex-diretor-presidente da Camargo Corrêa e um dos delatores do processo de corrupção na Petrobras. A decisão, proferida na última terça-feira (03/09/2019), acolhe um pedido da defesa para a concessão do benefício regulamentado pelo Decreto 9.246 de dezembro de 2017, do então presidente Michel Temer (MDB).
Preso preventivamente em novembro de 2014, Avancini foi condenado pelo então juiz Sergio Moro a 15 anos e dez meses de reclusão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O ex-diretor-presidente da empreiteira ficou pouco mais de quatro meses na Polícia Federal e depois passou a cumprir regime fechado diferenciado em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico.
Em março de 2016, Avancini recebeu progressão para regime semiaberto diferenciado, com recolhimento domiciliar no período noturno e nos fins de semana, também com uso de monitoramento. Ficou em tal situação até abril de 2019, quando passou para o regime aberto diferenciado, com prestação de serviços à comunidade por cinco horas semanais. A atividade terminou em junho deste ano.
Carolina considerou que Avancini cumpriu integralmente a prestação de serviços comunitários, quitou a multa penal, as custas processuais e a multa cível compensatória.
Na decisão, a magistrada ressaltou que o indulto é restrito à sanção corporal, devendo Avanicini cumprir as obrigações de seu acordo de colaboração fechado com o Ministério Público Federal.