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“Deixarei o Brasil melhor do que o recebi”, diz Bolsonaro em discurso a apoiadores

Presidente esteve na manifestação na Esplanada dos ministérios, que reuniu centenas de apoiadores de seu governo, neste sábado (15/5)

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Bolsonaro em manifestação a favor de seu governo, na Esplanada
1 de 1 Bolsonaro em manifestação a favor de seu governo, na Esplanada - Foto: Gustavo Alcântara / Especial Metrópoles

Após sobrevoar a Esplanada dos Ministérios de helicóptero e passear de cavalo na área central de Brasília, de cima de um palanque montado no gramado da área central de Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez um discurso criticando a esquerda e enaltecendo o conservadorismo no Brasil. “Enfrentei por 28 anos uma verdadeira guerra ideológica que poucos davam valor”, disse. “Mas o nosso compromisso era, acima de tudo, um bem mais sagrado, que a nossa própria vida, que é a nossa liberdade”, completou.

Em frente a uma multidão que ocupava o gramado central da Esplanada, Bolsonaro falou sobre respeito à família, sobre fé e disse que o país estava na contramão. “Assumimos o governo e pegamos um Brasil praticamente destroçando, ética, moral e economicamente”, disse.

“Não está sendo e sei que não será fácil, mas o que esses caras não entendem é que eu sou ‘imbroxável’. Quando deixar a Presidência, deixaremos um Brasil bem melhor do que aquele que recebi em janeiro de 2019”, disse Bolsonaro.

Sobre a pandemia, Bolsonaro fala no passado. “Não foi fácil. Mas conseguimos manter os empregos formais. Já os informais, mais de 40 mil”. Em discurso inflamado, ele criticou  governos estaduais que insistem em decretar medidas de isolamento social e prevenção à disseminação do novo coronavírus, como o lockdown. Segundo os últimos dados, divulgados pelas autoridades de Saúde, 432 mil pessoas já perderam a vida, vítimas do vírus.

“O Brasil, graças aos homens do campo, não parou”, disse o presidente, elogiando os trabalhadores rurais, que vieram de vários cantos do Brasil para a manifestação deste sábado (15/5).

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“Meus amigos, o nosso compromisso, sei que muitos de vocês querem o imediatismo, a solução rápida para tudo, mas podem ter certeza que todos os meus ministros estão alinhados pra servir a pátria e garantir a liberdade”, disse ele, enaltecendo os Tereza Cristina, da Agricultura; Ricardo Salles, do Meio Ambiente; e Gilberto Gilson Machado, do Turismo, que estavam ao seu lado, no palanque.

“Tudo ao seu tempo. O maior poder não é o Judiciário, Legislativo, Executivo. O maior poder são vocês. O momento estava duro. Não desafiamos ninguém. Não queremos o confronto com ninguém, mas não ousem confrontar ou roubar a liberdade do nosso povo”, disse.

De noite, o presidente compartilhou em suas redes sociais um vídeo (veja abaixo) sobre seu discurso.

Agenda

Bolsonaro anunciou que no próximo domingo participará de um passeio motociclístico, no Rio de Janeiro, e que depois embarca para o Equador. “Um país que deu uma guinada à direita. Um presidente que tem princípios muito parecidos com os nossos do Brasil”, disse.

O presidente voltou a defender o voto impresso nas eleições de 2022. “Em 2022, queremos uma eleição onde o voto possa ser auditável. Se não tivermos um voto auditável, esse canalha vence as eleições no ano que vem”, disse Bolsonaro, se referindo ao ex-presidente Lula.

“Daqui para frente, ninguém mais ouse não jogar dentro das quatro linhas da Constituição. Não podemos mais aceitar a arbitrariedade que vimos ao longo do último ano. Nós, pela nossa pátria, faremos qualquer coisa. Esse momento difícil vai passar. Por nossa pátria faremos qualquer coisa, não aceitaremos que ameacem nossa liberdade. Ou o centro do poder agindo sem qualquer responsabilidade como faziam antes”, disse o presidente.

Veja vídeo:

Covid-19 no Brasil

“Lamentamos as mortes por Covid-19, como lamentamos as demais mortes pelo Brasil. Temos que enfrentar, não podemos nos esconder debaixo da cama. Já estão dizendo que virá a terceira onda…  A vida continua. Já se fala em terceira onda, teremos quarta, quinta e infinitas ondas. O brasileiro é forte”, disse.

Bolsonaro terminou o discurso com seu slogan de campanha, “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. Após bradar as últimas palavras, tocou-se o hino nacional e a multidão rezou o Pai Nosso.

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