Defesa volta a pedir que mãe de Henry Borel seja ouvida novamente
Pedido para que a professora faça retratação da versão contada já havia sido feito pelos advogados de Monique, mas foi negado pela polícia
atualizado
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Rio de Janeiro – A defesa da professora Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, de 4 anos, morto dentro do apartamento da mãe no dia 8 de março, reforçou, neste sábado (17/4), o pedido para que Monique seja ouvida novamente pela polícia.
Ela e o namorado, vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), seguem presos, desde 8 de abril, por obstrução de justiça e interferência nas investigações do homicídio duplamente qualificado de Henry. O vereador também é investigado por agressões a três crianças.
Henry foi morto com múltiplas agressões e seu corpo apresentava hematomas no abdômen e nos membros superiores; infiltração hemorrágica na cabeça; contusão no rim à direita; trauma com contusão pulmonar; e laceração no fígado, entre outros sinais de contusões, de acordo com laudo do Instituto Médico-Legal (IML).
Em nota divulgada pelos advogados de Monique, os defensores reforçam a tese de que Monique é mais uma vítima das agressões feitas pelo vereador.
“A defesa observou, do estudo dos novos elementos do Inquérito, que há repetição de um comportamento padrão de violência contra mulheres e crianças”, diz o texto.
Em seu primeiro depoimento, a mãe de Henry negou que o filho tivesse sido agredido e que a morte seria resultado de um acidente doméstico, como a queda da cama.
A nota, assinada pelos advogados Thiago Minagé, Hugo Novais e Thaise Mattar Assad, segue, em tom de apelo, solicitando uma nova oportunidade para a professora.
“A defesa da Sra. Monique Medeiros, insiste na necessidade da sua nova audição e faz um público apelo, para a referida Autoridade Policial, neste sentido. Se várias pessoas foram ouvidas novamente, não tem sentido deixar de ouvir Monique. Logo ela que tanto tem a esclarecer”.
“Não crê a defesa que exista algum motivo oculto para ‘calar Monique’ ou não se buscar a verdade por completo”, completam os advogados.
O texto classifica ainda como “lamentável caso” as agressões a Henry e diz que entre os episódios de violência atribuídos à Jairinho, “a diferença neste foi a morte da criança”.