Defesa pede que preso por feminicídio faça exame de sanidade mental
Matheus dos Santos Silva matou a colega de curso Vitórya Melissa Mota, 22 anos, na praça de alimentação de um shopping em Niterói (RJ)
atualizado
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Rio de Janeiro – A defesa do estudante de enfermagem Matheus dos Santos Silva, preso por matar a facadas a colega de curso Vitórya Melissa Mota, de 22 anos, na praça de alimentação do Plaza Shopping Niterói, pediu à Justiça que o rapaz seja submetido a exames psicológico e psiquiátrico.
A informação é do Jornal Extra. O pedido foi enviado à juíza Nearis Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Os advogados do homem argumentam que ele não tem passagens pela polícia ou histórico de violência contra outras pessoas.
“O trágico episódio narrado na denúncia não condiz com a vida pregressa do denunciado. Diante desse cenário absolutamente atípico e controverso, demonstra ser imprescindível uma avaliação psicológica e psiquiátrica para o fim de traçar o perfil mental e psicológico de Matheus no dia dos fatos”, expõe a defesa.
O incidente de insanidade mental, previsto no Código de Processo Penal, é instaurado sempre que há dúvida se o acusado tinha consciência do crime que cometeu. Caso seja constatado que não tinha, o indivíduo fica isento de pena e é encaminhado a tratamento médico, uma vez que é considerado inimputável.
Matheus está preso desde o dia do crime (2/6). O assassinato foi registrado por câmeras de segurança do shopping.
Segundo a Polícia Civil, ele nutria sentimentos não correspondidos por Vitórya e ficou irritado quando ela disse que eles seriam apenas amigos.
O rapaz responde por feminicídio triplamente qualificado – por motivo torpe, por meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.